CAPÍTULO II – PRAŚNA MĀRGA

 CAPÍTULO II – PRAŚNA MĀRGA



12. PROCEDIMENTO PARA O ASTRÓLOGO


Śloka 1 — Um astrólogo deve levantar-se cedo pela manhã, orar à deidade da família, limpar as diversas partes do corpo, banhar-se, realizar seus nitya karmas (deveres diários) e executar o mantra japa (invocação da deidade presidindo o momento, conforme as injunções śāstricas). Ele deve estudar os planetas com a ajuda de um almanaque (pañcāṅga), manter-se calmo, não ser perturbado por angústias ou distrações, e estar sempre pronto para receber alguém ansioso por ter suas dificuldades resolvidas com a ajuda da astrologia.

NOTAS: Neste śloka, o autor descreve aquilo que se espera de um astrólogo. Este capítulo também nos oferece um vislumbre da vida social das pessoas de Kerala (em particular) e da Índia em geral à época do autor. Somos informados de que, ainda hoje, em Kerala — onde esta ciência se desenvolveu enormemente — há muitas famílias que mantêm astrólogos próprios, consultando-os da mesma forma que em outros lugares se mantém um médico de família para cuidar da saúde. O astrólogo é chamado e requisitado para ler o passado, o presente e o futuro da família por meio do aṣṭamaṅgala praśnaA primeira parte deste tratado lida precisamente com essa arte, e o autor detalha cada aspecto dela para o benefício dos daivajñas (astrólogos). Espera-se que o astrólogo seja muito erudito e leve uma vida piedosa. O astrólogo acredita que suas predições nunca serão satisfatórias a menos que seu preceptor e o mantra no qual foi iniciado o conduzam à descoberta da verdade essencial, apesar da diversidade de pontos de vista revelados no aṣṭamaṅgala praśna.

Śloka 2 — O astrólogo deve estar sempre vigilante quando alguém se aproxima dele para uma predição. Ele deve examinar cuidadosamente a aparência, a vestimenta, os movimentos, as ações e outros comportamentos do inquiridor. Também deve anotar qualquer som sinistro ou sinal indicativo no ambiente. Por fim, deve diagnosticar com muito cuidado a natureza de sua própria respiração (svarodaya).


13. PROCEDIMENTO PARA O QUERENTE


Śloka 3 — O querente (praśnī) deve selecionar um dia lunar auspicioso, uma constelação (nakṣatra) favorável e dias úteis auspiciosos. Logo no início da manhã, ele deve procurar o astrólogo levando consigo alguns presentes humildes e fazer sua pergunta com uma atitude reverente.

NOTAS: Neste śloka, o autor explica o que deve fazer uma pessoa que deseja saber seu futuro. Obviamente não se espera que o consultante conheça este tratado, mas os detalhes fornecidos são para orientação do próprio astrólogo. As constelações favoráveis são a 2ª, 4ª, 6ª e 8ª estrelas ascendentes. Sábado e terça-feira não são considerados dias auspiciosos para este fim.

Ślokas 4, 5 e 6 — Apenas perguntas humildes merecem resposta. Nenhuma previsão deve ser oferecida a qualquer pessoa que não a tenha solicitado, nem àqueles que buscam apenas testar o astrólogo. Se o astrólogo tentar responder a tais pessoas, ele não conseguirá chegar à verdade. Contudo, solicitado ou não, se há genuíno desejo de conhecer o futuro, o astrólogo deve dar previsões com base no Lagna (ascendente), nos Kendras (casas angulares) e nos Kona Bhāvas (casas trinas). Como diz Vasiṣṭha: “Aqueles que têm desejo sincero de saber o futuro, perguntem ou não, merecem receber previsões com base no Āruḍha no momento do praśna.”

NOTASAlgum tipo de código profissional é estabelecido nos ślokas 4 a 6. Quando não solicitado, nenhuma previsão deve ser fornecida. Se uma pessoa vier apenas testar um astrólogo, também não deve haver previsão. Mas quando o motivo é puro e a pessoa está genuinamente ansiosa para consultar o astrólogo, torna-se irrelevante se ela expressa explicitamente ou não esse desejo. Tal pessoa deve receber a atenção e o cuidado do astrólogo.

14. PROCEDIMENTO PARA ĀRUḌHA


Ślokas 7, 8 e 9 — Na esfera ou círculo terrestre, Meṣa e Vṛṣabha representam o leste; Mithuna o sudeste; Karkaṭaka e Siṁha o sul; Kanyā o sudoeste; Tulā e Vṛścika o oeste; Dhanuṣ o noroeste; Makara e Kumbha o norte; e Mīna o nordeste. O Āruḍha Rāśi é o signo correspondente à direção ocupada pelo questionador no momento de colocar a consulta.

Śloka 10 — Quando o signo surge e passa a ser montado pelo questionador, é denominado Āruḍha. Uma consideração cuidadosa do Āruḍha leva a uma avaliação adequada do mapa levantado.

Śloka 11 — Em casos incertos, o Āruḍha pode ser encontrado assim: desenha-se um círculo marcando as direções e os signos zodiacais; após a devida invocação, o questionador é solicitado a colocar uma peça de ouro em qualquer ponto. O Āruḍha é, então, apurado de acordo com esse ponto.

NOTASO Āruḍha é um fator muito importante na Praśna (astrologia horária). Nos ślokas 7 a 11, o método para encontrar o Āruḍha é detalhadoOs doze signos (rāśis) são atribuídos às oito direções, e de acordo com a direção mantida pela pessoa que consulta o astrólogo no momento da consulta, o Āruḍha é determinado. Em casos duvidosos — ou quando o questionador está agitado, andando de um lado para o outro enquanto coloca sua questão —, faz-se uma representação diagramática (um círculo) e pede-se à pessoa que coloque um pouco de ouro, ou simplesmente toque em algum ponto. Esse signo é considerado o Āruḍha. Se dividirmos o círculo em oito, cada ponto cardeal cobre 45°. Segundo a atribuição dos rāśis, os signos comuns (Mithuna, Kanyā, Dhanuṣ e Mīna) recebem 45° cada, enquanto os outros signos recebem apenas 22,5°. Por exemplo: se o questionador estiver posicionado a uma distância de cerca de 30° em direção à direção sudeste, o signo será, sem dúvida, Vṛṣabha — e este será o Āruḍha. É altamente recomendado que o astrólogo sempre mantenha pronto um círculo (ver apêndice), desenhado de acordo com as instruções dadas nos ślokas acima. Quando o questionador chegar, peça-lhe que toque em algum lugar no círculo e registre o Āruḍha Rāśi correspondente. Caso contrário, a direção em que a pessoa estiver pode ser facilmente notada e o Āruḍha Lagna será determinado a partir dela.

15. COISAS A SEREM OBSERVADAS NA HORA DA CONSULTA


Śloka 12 — Quando uma consulta é feita, o astrólogo deve fazer um balanço do tempo exato (samaya), da natureza do lugar ocupado pelo questionador (deśa), da natureza de sua própria respiração (svarāyu), de sua própria condição ou estado (avasthā), do que o querente toca (sparśa), do Āruḍha Rāśi, da direção, das letras das palavras pronunciadas (praśnākṣara), do comportamento do querente (sthiti), dos movimentos (ceṣṭā), da atitude mental (bhāva), de seu olhar para alguma direção ou objeto específico (vilokanāni), de sua vestimenta (vāsaṇaṁ) e dos sons agourentos ou sinais indicativos da época (nimitta).

NOTASQuatorze itens foram listados neste śloka que o autor deseja que um astrólogo considere cuidadosamente ao responder a uma consulta. É interessante notar que, de acordo com este śloka, cada gesto, emoção e sugestão — tanto do astrólogo quanto do querente — desempenham um papel na indicação do resultado da consulta. O autor aqui apresenta um problema muito intrigante para os pensadores modernos, ao reunir uma variedade de assuntos aparentemente desconexos como tendo influência sobre nosso pensamento e ações futuras. Psicólogos e parapsicólogos modernos fariam bem em investigar por que ou como o estado de espírito de uma pessoa, o vestido que ela usa, ou a direção para a qual ela está voltada, podem dar pistas sobre o padrão do que provavelmente acontecerá com ela no futuro. O Praśna não leva em consideração apenas as influências externas — os planetas —, mas também as internas, os impulsos psíquicos que moldam a vida. Ele prescreve um exame completo das mentes do astrólogo e do querente.

16. MÉTODO DE LEITURA DOS RESULTADOS


Śloka 13 — O astrólogo deve revelar ao questionador a graça de Deus para com ele, os problemas advindos de inimigos, doenças e as medidas corretivas apropriadas, observando e levando em consideração tudo ao seu redor — na forma de presságios (nimitta) ou sinais — no momento da consulta, quando ele parte da casa do nativo, enquanto está a caminho da casa, quando entra na casa, quando o cakra ou molde está sendo preparado, e com base nos sutras, triṣphuṭa, aṣṭamaṅgala, āruḍha, colocação da peça de ouro (suvarṇāvasthā) entre as flores no cakra, o signo ascendente, a posição da Lua, os estados planetários no momento e os bhāvas no horóscopo do questionador.

NOTAS: Este śloka não é facilmente acessível a uma tradução literal. O autor quer que o astrólogo siga uma ordem particular ao responder às perguntas. Primeiro, ele deve predizer as inclinações ou a graça de Deus para com o nativo e, em seguida, dar indicações de quaisquer problemas iminentes advindos de inimigos, doenças, etc., e, finalmente, sugerir medidas corretivas adequadas para neutralizar os efeitos maléficos.

Essas previsões devem ser baseadas em três fatores principais:

(a) o mapa de praśna (astrologia horária),
(b) o mapa de nascimento (janma-kundalī), e
(c) os nimittas — um assunto abrangente, incapaz de ser resumido de forma concisa.

Se o astrólogo for chamado à casa do questionador, então ele deve, o tempo todo, observar de perto e cuidadosamente todos os presságios ou outros sinais que possam surgir, desde o momento em que sai de sua própria residência até o momento de dar as previsões. A natureza é uma fonte eterna de inspiração para o homem. O Prof. B. Suryanarain Rao costumava dizer que, por meio de um certo código de interpretação de sons, gestos e movimentos de certas espécies de animais, o futuro poderia ser determinado com considerável precisão. Eu não tentarei, aqui, dar uma explicação exaustiva de outros termos técnicos usados neste śloka, como triṣphuṭa, etc., pois seus significados se tornarão claros para o leitor à medida que ele avançar pelos capítulos seguintes.


17. INDICAÇÕES PARA O SUCESSO


Ślokas 14 e 15  Se a mente do astrólogo estiver estável e a pessoa para quem o futuro está sendo lido for humilde e devota de temperamento, então a leitura será correta e a resposta a todas as perguntas será invariavelmente correta e benéfica. Se o astrólogo estiver calmo, se o consulente formular sua pergunta de forma apropriada e, ao mesmo tempo, alguém falar sobre o assunto ou ele perceber algo relacionado com a questão, então o questionador alcançará o objeto desejado — assim diz uma grande autoridade.


18. O FATOR DE TEMPO


Ślokas 16 a 20 — Os tempos desfavoráveis para colocar questões são: as onze constelações (nakṣatras) não consideradas auspiciosas para a primeira mamada da criança; os gandānta, ūṣṇa e viṣa nakṣatras; os quatro dias lunares malignos; os karanas visṭi e sthira; as junções (sandhi) de tithi, nakṣatra, rāśi e aṁśa; o gulikoḍayakāla; vyatīpāta, sarpāśiras, eclipses e ekargala; os mṛtyu e dagdha yogas; quando maléficos surgem ou aspectam signos malignos; o décimo terceiro dia lunar (trayodaśī); ao entardecer; à meia-noite; quando o lagna é aspectado pelo Sol (Sūrya); nas entradas solares (saṅkramaṇa); em um dia governado pela terceira, quinta ou sétima estrela a partir da estrela de nascimento do querente; quando o lagna da consulta é o oitavo desde o janma lagna do querente; e quando a Lua no momento da consulta está no oitavo dia (aṣṭamī) desde a Lua natal.

As consultas feitas nesses tempos difíceis são indicativas de resultados desfavoráveis.

NOTASDe acordo com os ślokas 16 a 20, um astrólogo deve considerar inúmeros fatores astronômicos antes de pronunciar um julgamento. Existem quase 22 doṣas (aflições) ou períodos desfavoráveis. Quando uma pergunta é feita sob esses doṣas, a indicação deve ser considerada prejudicial ou desfavorável. Para a informação dos leitores, proponho listar esses doṣas em série. Há uma ligeira diferença entre a definição dos seguintes doṣas como dado aqui e como encontrado em algumas obras sobre muhūrta (astrologia eletiva).

1 Primeira alimentação sólida do bebê - I. Constelações (nakṣatras) consideradas desfavoráveis para a primeira alimentação: Bharanī, Kṛttikā, Ārdrā, Āśleṣā, Maghā, Pūrvaphalgunī, Viśākhā, Jyeṣṭhā, Mūlā e Pūrvāṣāḍhā.

2 GandāntaO primeiro pāda (um quarto) de Aśvinī, Maghā e Mūlā; e o último pāda de Āśleṣā, Jyeṣṭhā e Revatī.

3 Ūṣṇa (calor/raiva) 

De 7½ a 15 ghaṭikās de Aśvinī, Rohiṇī, Punarvasu, Maghā e Hastā (1,4,7,10,13);

55 a 60 ghaṭikās de Bharanī, Mṛgaśīrṣa, Puṣya, Pūrvaphalgunī e Citrā (2,5,8,11,14);

21 a 30 ghaṭikās de Kṛttikā, Ārdrā, Āśleṣā, Uttaraphalgunī, Svātī (3,6,9,12,15);

1 a 8 ghaṭikās do primeiro trimestre de Viśākhā, Mūlā, Śravaṇā e Pūrvabhādrapadā (16,19,22,25);

52 a 60 ghaṭikās de Anurādhā, Pūrvāṣāḍhā, Dhaniṣṭhā, Uttarabhādrapadā 

20 a 30 ghaṭikās de Jyeṣṭhā, Uttarāṣāḍhā, Śatabhiṣaj e Revatī (18,21,24,27).

4 Viṣa (parte tóxica da constelação) Ex.: em Kṛttikā, entre 30 e 34 ghaṭikās torna-se viṣa; para todas as 27 constelações, valores específicos são dados: 50, 24, 30, 4, 14, 11, 30, 20, 32, 30, 20, 18, 22, 20, 14, 14, 10, 14, 20, 24, 20, 10, 10, 18, 16, 24, 30 (em ghaṭikās).

5 Riktha tithisOs 4º, 8º, 9º e 14º dias lunares.

6 Karanas desfavoráveis Visṭi e os quatro sthira karanas. Visṭi é o sétimo karana. Os primeiros sete aparecem em rotação oito vezes no mês lunar, começando na segunda metade do primeiro dia lunar. Há 11 karanas: os quatro — Śakuni, Catuṣpāda, Nāga e Kiṁstughna — são sthira ou permanentes, ocorrendo em ordem a partir da segunda metade do 29º dia lunar.

7 Sandhis (pontos de junção):

(a) O primeiro e o último ghaṭikā (24 min) de um tithi ou nakṣatra.
(b) Os primeiros e últimos cinco vighaṭikās (2 min) de um signo (rāśi).
(c) O primeiro e o último vighaṭikā (24 s) de cada navāṁśa.

8 GulikoḍayakālaMomento em que Gulika, planeta terciário, surge. Para cada dia:

Domingo: dia 26, noite 10;
Segunda: dia 22, noite 6;
Terça: dia 18, noite 2;
Quarta: dia 14, noite 26;
Quinta: dia 10, noite 22;
Sexta: dia 6, noite 18;
Sábado: dia 2, noite 14.

9 Vyatīpāta Um yoga maligno, proibido para todas as obras auspiciosas. Exemplos aproximados:

Áries/Libra → Maghā/Satabhiṣaj
Touro/Escorpião → Śravaṇā/Puṣya
Gêmeos/Sagitário → Pūrvāṣāḍhā/Ārdrā
Câncer/Capricórnio → Rohiṇī/Jyeṣṭhā
Leão/Aquário → Bharanī/Svātī
Virgem/Peixes → Revatī/Hastā

10 Eclipses - Por três dias a partir do início de um eclipse solar ou lunar, o tempo é desfavorável.

11 SarpaśirasA última metade de Vyatīpāta.

12 EkārgalaCalculado assim: subtraia a longitude do Sol de 360°; divida o saldo por 13°20′; rejeite o resto; o quociente mais 1 é o nakṣatra Ekārgala. Exemplos: Pūrvāṣāḍhā, Pūrvabhādrapadā, Aśvinī, Bharanī, Mṛgaśīrṣa, Punarvasu, Āśleṣā, Pūrvaphalgunī.

13 Mṛtyu e Dagdha YogasDomingo a sábado, coincidindo com Maghā, Viśākhā, Ārdrā, Mūlā, Śatabhiṣaj, Rohiṇī, Pūrvāṣāḍhā, geram mṛtyu yoga. Dagdha yoga surge quando domingo a sábado coincidem com os 12º, 11º, 5º, 2º, 6º, 8º e 9º dias lunares, respectivamente.

14 Ascensão e aspecto de maléficosSūrya, Maṅgala, Śani e Rāhu. Seus aspectos ou conjunções com o lagna são desfavoráveis.

15 Trayodaśī (13º dia lunar) Desfavorável.

16 Pradoṣa - Ao anoitecer — pouco antes e logo após o pôr do sol.

17 Niśī - Meia-noite.

18 Ravi DarśanaQuando o lagna está aspectado pelo Sol (ou, segundo alguns, o 7º signo daquele ocupado pelo Sol).

19 SaṅkrāntiA entrada solar em um novo signo. Os 16 ghaṭikās (6h24m ou 3°30′) antes e depois são considerados desfavoráveis.

20 Vipat, Pratyak e NaidhanaQuando a constelação regente é a 3ª, 5ª ou 7ª desde a estrela de nascimento.

21 Lagna de consulta não deve ser o 8º desde o janma lagna.

22 Lua no momento da consulta não deve estar no 8º tithi desde a Lua natal.

 

19. O FATOR DE ESPAÇO


Śloka 21 — Se a consulta for feita em um momento livre dos doṣas mencionados acima, durante os amṛtaghaṭikās, quando benéficos (śubha grahas) se elevam no lagna ou o aspectam, em muhūrtas auspiciosos e sob siddha, amṛta e outros bons yogas, isso levará ao sucesso.

NOTASAmṛtaghaṭikās são momentos auspiciosos e variam para cada nakṣatra. Na tabela fornecida abaixo, os momentos de início dos amṛtaghaṭikās são dados, juntamente com os momentos de início de viṣaghaṭikās, uṣṇaśikhā e também mṛtyubhāgas (graus fatais), para referência imediata.

Durmuhūrtha Muhūrtha significa tecnicamente 48 minutos ou 2 ghaṭikās em termos de tempo. Um dia sideral consiste em 30 muhūrthas. Os primeiros quinze muhūrthas diurnos são nomeados:

(1) Rudra, (2) Ahi, (3) Mitra, (4) Pitṛ, (5) Vasu, (6) Vāra, (7) Viśvedeva, (8) Vidhi, (9) Śatamukhī, (10) Puruhoita, (11) Vahni, (12) Naktāñcara, (13) Varuṇa, (14) Ārama e (15) Bhaga.

Os muhūrthas noturnos são:

(1) Giriśa, (2) Ajapāda, (3) Ahirbudhnya, (4) Pūṣā, (5) Aśvinī, (6) Yama, (7) Agni, (8) Vidhātṛ, (9) Candra, (10) Aditi, (11) Jīva, (12) Viṣṇu, (13) Yamīghnadyuti, (14) Tyasthur e (15) Samudra.

Em relação aos muhūrthas diurnos, o 1º, 2º, 4º, 10º, 11º, 12º e 15º são considerados desfavoráveis (durmuhūrtha), enquanto nos muhūrthas noturnos, o 1º, 2º, 6º e 7º são desfavoráveis.

No cálculo de muhūrtha, viṣa ou amṛtaghaṭikās, deve-se verificar a duração exata do dia e da noite, ou a duração exata do nakṣatra em questão. Diz-se que cada muhūrtha dura 48 minutos, sob a suposição de que o dia e a noite são de igual duração, ou seja, 30 ghaṭikās. Da mesma forma, os períodos de início e término dos amṛta ou viṣa-ghaṭikās são dados supondo que a duração de um nakṣatra seja de 60 ghaṭikās.

1 ghaṭikā é o tempo que a Lua leva para passar pela divisão de 1/60 de cada nakṣatra, correspondendo a 20'40" de arco, o que leva em média cerca de 24 minutos (dependendo da velocidade da Lua) para a Lua atravessar 1 ghaṭikā.

[B significa Início (Beginning) e E, Fim (End)]

Por exemplo:

Em Aśleṣā, as viṣaghaṭikās começam em 32 ghaṭikās e terminam em 26 ghaṭikās.
A uṣṇaśikhā em Aśleṣā começa aos 21 ghaṭikās e vai até 30 ghaṭikās.
Os amṛtaghaṭikās em Aśleṣā vão de 56 a 60 ghaṭikās.
O mṛtyubhāga ou grau fatal de Aśleṣā é aquele no 24º ghaṭikā.


Ślokas 22 a 25   Quando o local onde a pergunta for colocada for o seguinte, o objeto do questionador será realizado: locais cheios de árvores ou plantas florescendo com frutas e flores e livres de toda sujeira e poeira e abundante em ouro, pedras preciosas e semelhantes; um lugar agradável para a mente e os sentidos, ou um local lavado com diluído esterco de vaca, lugares agradáveis cheios de belas mulheres; um canto feliz ressoando com os ecos de auspicioso cerimônias como casamento, etc., e um lar saudável com famílias sorridentes.

Ślokas 26 e 27  Uma floresta terrível, um ghāṭa em chamas, um lugar desolado e acidentado; uma casa deserta ou um lar onde abundam pobreza e doenças; um local onde estão sendo realizadas cerimônias fúnebres; a vizinhança de água, fogo ou árvores sem vida — e, em resumo, todos os lugares que afetam negativamente nossa mente e corpo são considerados desfavoráveis, e o objetivo do questionador não será alcançado.


20. EXAME DA RESPIRAÇÃO


Śloka 28 — Todos os dias, o astrólogo deve examinar seu hálito bem cedo pela manhã. Ele deve diagnosticar através de qual nāḍī (canal energético) ele flui e a qual bhūta (elemento) ele pode ser atribuído. A partir disso, ele pode saber de antemão o que é provável que lhe aconteça naquele dia. Da mesma forma, o futuro do questionador pode ser lido — especialmente no caso de nāṣṭa praśna (pergunta sobre objetos ou riquezas perdidas) e situações semelhantes — por meio da natureza da respiração do astrólogo no momento da consulta.

NOTAS DA TRADUTORA PARA O PORTUGUÊS: Este trecho refere-se a uma prática antiga ligada à leitura sutil dos sinais do corpo, particularmente através da respiração (svara), que está ligada às nāḍīs iḍā, piṅgalā e suṣumṇā. A respiração predominante por um lado do nariz está associada a determinados elementos e planetas, e fornece insights não apenas sobre o estado interno do astrólogo naquele dia, mas também, por sincronia (yoga), sobre o destino daquele que busca consulta. Recomendo a leitura do livro Śiva Svarodaya para melhor compreender essa preciosa ciência de predições através dos svaras e tattvas.

Śloka 29   Se a respiração for percebida fluindo pela narina esquerda (iḍā nāḍī) nas segundas, quartas, quintas e sextas-feiras, é considerada favorável. Se fluir pela narina direita (piṅgalā nāḍī) aos domingos, terças e sábados, também é igualmente auspicioso. Porém, se a respiração fluir pela narina direita em dias regidos por planetas benéficos, e pela narina esquerda em dias regidos por planetas maléficos, os efeitos serão adversos. Acontecimentos significativos podem ser antecipados por meio de um estudo atento do padrão de passagem da respiração pelas narinas.

Śloka 30   Se a respiração for considerada favorável em qualquer dia, pode-se ter certeza de que a saúde estará boa, haverá ganhos financeiros, refeições suntuosas e outros acontecimentos auspiciosos nesse dia. Por outro lado, se a respiração for desfavorável, os efeitos serão opostos: dificuldades para obter boa alimentação, brigas com todos ao redor, sono inquieto, desconforto e até dificuldades em atender às necessidades fisiológicas básicas.

Śloka 31  — Se a respiração for desfavorável no domingo, haverá dores por todo o corpo; na segunda-feira, surgirão brigas e discórdias; na terça-feira, poderá ocorrer morte para si próprio ou para parentes; na quarta-feira, surgirão viagens longas e inesperadas; na quinta-feira, ocorrerão calamidades que afetarão o país; na sexta-feira, haverá fracasso em todos os empreendimentos; e no sábado, surgirão perdas monetárias, perda de reputação, fracasso nas colheitas e litígios relacionados a terras.
NOTASO grande autor explicou nas ślokas acima o método de predição baseado no exame da respiração (svara ou śvāsa). Isso pode parecer estranho para alguns, mas um exame cuidadoso confirmará sua utilidade não apenas para o astrólogo, mas também para qualquer leigo atento. Recomenda-se aos leitores interessados que consultem tratados especializados em Svara Śāstra para obter mais detalhes.

Ślokas 32 e 33 — Se, por oito domingos consecutivos, observar-se que a respiração flui predominantemente pela narina esquerda (iḍā nāḍī), deve-se prever morte ou calamidade equivalente à morte para o guru (preceptor) ou um parente sênior.

Se, por oito segundas-feiras consecutivas, o ar passar pela narina direita (piṅgalā nāḍī), ocorrerá infortúnio relacionado aos filhos ou parentes mais jovens.

Se, por oito terças-feiras consecutivas, a respiração fluir pela narina esquerda, haverá risco de prisão nas mãos de inimigos.

Se, por oito quartas-feiras consecutivas, a respiração fluir pela narina direita, surgirão doenças graves ou até a morte.

Se, por oito quintas-feiras consecutivas, a respiração fluir pela narina direita, surgirá perigo para o guru ou preceptor.

Se, por oito sextas-feiras consecutivas, a respiração fluir pela narina direita, haverá perda de dinheiro relacionada a terras e propriedades.

Se, por oito sábados consecutivos, a respiração fluir pela narina esquerda, haverá ruína do lar ou até a morte da esposa.

NOTASAlguns intérpretes preferem ler essas duas ślokas como referindo-se a oito dias consecutivos (domingo, segunda, terça, etc., em sequência), enquanto outros entendem como oito domingos consecutivos, oito segundas-feiras consecutivas e assim por diante.

Śloka 34  As dimensões dos cinco Mahābhūtas (grandes elementos primordiais) são as seguintes:

Pṛthvī (terra): 16 polegadas
Āpaḥ (água): 12 polegadas
Tejas (fogo): 8 polegadas
Vāyu (ar): 6 polegadas
Ākāśa (éter): 3 polegadas

Essas medidas aplicam-se a ambas as narinas, de acordo com o texto clássico. Aqui, o texto menciona explicitamente que 20 centímetros equivalem a um pé (uma medida tradicional aproximada, usada para efeitos práticos na época).

NOTAS:  Aqui, o autor nos explica sob qual Bhūta (elemento primordial) a respiração deve ser interpretada. Se, ao medir a respiração que sai por determinada narina, encontrarmos, digamos, 16 polegadas, ela estará sob o domínio do Pṛthvī Bhūta (terra); se medir 12 polegadas, estará sob o Āpaḥ Bhūta (água); e assim por diante.

Essas medições, no entanto, só podem ser verificadas corretamente por yogīs treinados em técnicas respiratórias e não por pessoas comuns. A ciência da respiração, conhecida como Svara Śāstra, é uma disciplina completa por si só, que exige muitos anos de estudo diligente e prática disciplinada antes de poder ser verdadeiramente dominada.

Ślokas 35, 36 e 37 — Suponha que, no primeiro dia lunar (pratipadā) após a Lua Nova, você perceba que sua respiração está fluindo pela narina esquerda, ligada ao elemento Pṛthvī (terra); então, deve-se predizer bons efeitos, como obtenção de boas e elevadas casas, honrarias e coroação (posição de liderança).

Se detectar o elemento Āpaḥ (água), deve-se dizer que a pessoa cavará poços, tanques e reservatórios para uso coletivo e celebrará casamentos auspiciosos.

Se for identificado o elemento Tejas (fogo), a pessoa será incomodada por inimigos, sofrerá ferimentos por armas e úlceras, poderá ter a casa incendiada, cairá de locais elevados e seus filhos poderão sofrer queimaduras. Para evitar tais desgraças, recomenda-se propiciar o Senhor Īśvara (Śiva) com as devidas orações e rituais.

Se a respiração estiver sob o elemento Vāyu (ar), haverá medo de ladrões, exílio ou fuga do local natal, viagens apressadas, e a pessoa montará cavalos e elefantes (ou seja, se envolverá em movimentos rápidos e transportes).

Se for sob o elemento Ākāśa (éter), ela será iniciada nos antigos saberes mântricos (mantra śāstra), gastará recursos construindo templos e lugares sagrados, e receberá dīkṣā (iniciação espiritual); no entanto, sua saúde poderá causar-lhe alguma ansiedade ou desconforto.

Esses são os efeitos associados aos cinco elementos (pañca mahābhūta) quando analisados em ambos os nāḍīs (canais de respiração).

Se a respiração for longa e contínua, será considerada auspiciosa.
Se a extremidade da respiração estiver cortada, quebrada ou irregular, isso é considerado desfavorável.

Śloka 38 — Em uma consulta envolvendo perda ou roubo, pode-se fazer uso da análise dos diferentes elementos associados à respiração e prever o resultado com segurança.

Se você identificar que a respiração pertence ao elemento terreno (Pṛthvī), diga que o artigo perdido está escondido sob a terra, enterrado ou oculto no solo.

Se estiver sob o elemento aquoso (Āpaḥ), ele estará debaixo d’água, próximo a um poço, tanque ou recipiente líquido.

Se a respiração indicar o elemento arejado (Vāyu), o objeto estará em um canto esfumaçado, próximo a cinzas, fumaça ou ar disperso.

Se estiver sob o elemento etéreo (Ākāśa), o artigo perdido estará em algum lugar elevado ou suspenso.

Se estiver sob o elemento ígneo (Tejas), diga que ele está mantido próximo ao fogo ou ao chão (associado a brasas, chamas ou calor).

Śloka 39 — Se o astrólogo perceber que o querente está posicionado do mesmo lado que seu próprio hálito (nāḍī) — especificamente se for do tipo terrestre (Pṛthvī) ou aquoso (Āpaḥ) — pode-se predizer que ele será abençoado com uma vida longa, boa esposa, filhos virtuosos e muita riqueza.

Se for uma mulher, ela terá um marido digno, filhos e prosperidade semelhante.

Por outro lado, se o querente se posicionar no lado oposto, ou se a respiração estiver relacionada a outros tipos de elementos (fogo, ar ou éter), os efeitos serão exatamente o oposto, trazendo perdas, infortúnios ou dificuldades.

Śloka 40 — Na narina esquerda existe um nervo sutil conhecido como Iḍā, enquanto à direita está Piṅgalā. No centro, coberto e oculto entre eles, passa Suṣumnā. Estes três canais são governados, respectivamente, pela Lua (Candra), pelo Sol (Sūrya) e pelo Fogo (Agni). 

Śloka 41 — O canal Iḍā é favorável para iniciar ações, projetos ou empreendimentos. O canal Piṅgalā é favorável para entrar em um lugar, visitar ou avançar fisicamente em direção a um destino. Já Suṣumnā é benéfico apenas para práticas de Yoga, meditação e esforços espirituais internos, não sendo adequado para atividades mundanas.

Śloka 42 — Em uma consulta relacionada à saúde e doenças, se a pergunta for feita do lado direito e a respiração estiver fluindo pelo mesmo lado, então deve-se prever que a doença será curada, havendo alívio. Se a pergunta vier do lado esquerdo enquanto a respiração também flui por aquele lado, prediga o agravamento da doença, indicando que a condição pode piorar. No caso de a pessoa doente ser uma mulher, a interpretação se inverte: se ela vier do lado esquerdo e a respiração fluir pelo lado esquerdo, haverá alívio; se vier do lado direito e a respiração também estiver pelo lado direito, indicará agravamento da doença.

Śloka 43 — Quando a pergunta é feita do lado esquerdo e a respiração flui pela narina direita (ou vice-versa), então o doente obterá alívio apenas com grande dificuldade, sendo os resultados lentos e menos eficazes.

Śloka 44 — Se a consulta for feita no momento em que o astrólogo estiver inspirando (inalação), isso é auspicioso e indica que haverá alívio para o doente.
Se, ao contrário, a pergunta ocorrer no momento da expiração (exalação), isso é desfavorável e aponta que o doente poderá falecer.

Śloka 45 — No Anuṣṭhāna Paddhati, afirma-se claramente que um homem doente obterá alívio se a respiração do astrólogo e o lado de onde vem a pergunta estiverem em harmonia, isto é, alinhados. Aqui, o lado esquerdo é considerado auspicioso para as mulheres, enquanto o lado direito é auspicioso para os homens.

Śloka 46 — No momento da consulta, se não houver nenhuma indicação negativa, seja por visão, fala, pensamento desfavorável, nem presságios adversos, e se o mensageiro enviado e a respiração do astrólogo estiverem do mesmo lado, o prognóstico é favorável: o doente viverá. Caso contrário, se esses sinais estiverem desalinhados, não há garantias de sobrevivência.

Notas: Em Kerala, parece ter havido um costume bastante comum de enviar um mensageiro (dūta) para buscar o astrólogo na residência e levá-lo à casa do doente, a fim de realizar o Praśna (consulta astrológica horária) diretamente no local. Por isso, há referências frequentes a “mensageiro” nos ślokas deste capítulo. Esse cuidado reforça que o processo de consulta não era visto apenas como um cálculo técnico, mas como um ato imerso em rituais, sinais e sensibilidades, incluindo a interação direta com os mensageiros, a observação do ambiente e a leitura cuidadosa da respiração, do comportamento e das energias circulantes.

Śloka 47 — Se a consulta for feita durante a quinzena crescente da Lua (śukla pakṣa), e o mensageiro ou querente estiver em pé à frente, ou em um lugar elevado, ou posicionado do lado esquerdo, e a respiração do astrólogo estiver passando pela narina esquerda (governada pela Lua), então o questionador terá todos os seus desejos satisfeitos. Se, por outro lado, a consulta for feita durante a quinzena minguante (kṛṣṇa pakṣa), e o mensageiro estiver posicionado abaixo, atrás, ou à direita, e a respiração estiver passando pela narina direita (governada pelo Sol), também se deve predizer bons resultados.

Notas: Em todos esses casos — perguntas feitas de certos lados, combinadas com a respiração do astrólogo fluindo por determinados lados — os efeitos sobre o consulente são considerados semelhantes à experiência subjetiva, ou seja, ao estado mental, emocional e físico do próprio astrólogo no momento. O astrólogo atua aqui não apenas como um leitor de sinais externos (praśna), mas também como um canalizador sensível, cujo estado interno ressoa com as influências karmicas e planetárias que estão ativas na consulta.

Śloka 48 — No momento da consulta, conforme o astrólogo se sente — confortável ou desconfortável — enquanto realiza suas atividades rotineiras, como dormir, tomar banho, comer, etc., assim também será o impacto sobre o consulente: se o astrólogo sente conforto e facilidade, resultados favoráveis são indicados; se sente desconforto, incômodo ou obstáculos, resultados adversos devem ser considerados.

Notas: Aqui o autor se afasta momentaneamente do tema central da respiração (svara) e dedica atenção ao conceito de avasthā — o estado ou condição subjetiva do astrólogo. Esse conceito envolve não apenas observações externas, mas também introspecção: o astrólogo deve perceber como ele próprio está afetado no momento da consulta, pois essa condição interna age como espelho para as forças sutis que circulam na leitura do praśna.

Śloka 49 — Independentemente de onde o questionador esteja posicionado ou de qual lado flua a respiração do astrólogo, se, após formular a pergunta, o querente permanece parado e inabalável, deve-se predizer que o doente não morrerá.

Śloka 50 — Em uma consulta relativa a “riqueza perdida”, diga que o objeto será encontrado no leste, sul, oeste ou norte do local do querente, conforme a natureza da respiração do astrólogo seja, respectivamente, terrena (pṛthvī), aquosa (ap), ígnea (tejas) ou aérea (vāyu). Se a respiração é etérea (ākāśa), então o artigo será encontrado em algum lugar no centro ou exatamente no mesmo lugar onde estava anteriormente.

Śloka 51 — Nos dias benéficos da semana — segunda-feira, quarta-feira, quinta-feira e sexta-feira — quando a Lua está crescente (śukla pakṣa), se a respiração estiver fluindo pela narina esquerda, é auspicioso. Nos dias maléficos da semana — domingo, terça-feira e sábado — quando a Lua está minguante (kṛṣṇa pakṣa), se a respiração estiver fluindo pela narina direita, também é considerado bom.

Notas: Os chamados dias “benéficos” da semana (śubha vāra) são segunda-feira (soma), quarta-feira (budha), quinta-feira (guru) e sexta-feira (śukra), governados por planetas benéficos. Os dias “maléficos” (krūra vāra) são domingo (ravi), terça-feira (maṅgala) e sábado (śani), governados por planetas naturalmente maléficos.
O fluxo respiratório deve harmonizar com o caráter do dia e o movimento lunar: narina esquerda (iḍā) sob influência da Lua em crescimento, narina direita (piṅgalā) sob influência do Sol em período decrescente.

Ślokas 52 e 53 — Em uma Yuddha Praśna (pergunta sobre guerra ou batalha), se um soldado parte para a guerra enquanto a respiração flui pela narina esquerda (iḍā), e ele chega ao campo de batalha quando a respiração já mudou para a narina direita (piṅgalā), e se o inimigo estiver posicionado do lado oposto ao do fluxo respiratório do soldado, então este certamente derrotará o oponente. O efeito reverso ocorrerá se a situação for inversa — ou seja, se o soldado estiver desalinhado com o fluxo respiratório e a posição do inimigo, ele sofrerá derrota.

Notas: No contexto de Kerala, Jvālinī, havia (e ainda há) o costume de enviar um mensageiro (dūta) para trazer o astrólogo até a casa do consulente, especialmente quando se tratava de casos delicados, como a saúde de um doente grave, questões de guerra (yuddha) ou problemas familiares importantes. Por isso, você verá referências frequentes no texto ao mensageiro, ao lado onde ele se posiciona, e como esses detalhes sutis influenciam a leitura do praśna (astrologia horária).

Śloka 54  Sempre que ladrões, inimigos, reis ou autoridades, santos, seus irmãos, jogadores com quem ele joga, e seus rivais em litígios, estiverem posicionados no lado da narina através da qual o ar não está passando, eles estarão completamente impotentes para lhe causar qualquer dano. Mas se estiverem do outro lado (o lado por onde o ar está fluindo), eles poderão infligir-lhe derrota.

Śloka 55 — A respiração pelo lado direito (piṅgalā) é favorável nos momentos de banho, alimentação, coabitação, realização de negócios, debates, jogos de azar e combates. Ela também é benéfica quando se está em situação de medo ou desapontamento em qualquer coisa.

Śloka 56 — A respiração pelo lado esquerdo (iḍā) é boa para viagens, vestir-se com novas roupas ou adornos, casamentos, promover reconciliações, fazer doações e entrar na presença de outra pessoa (especialmente alguém de importância).

Śloka 57 — Quando você vê uma mulher grávida no momento em que respira pela narina direita (piṅgalā), prediga que a criança será do sexo masculino;
se estiver respirando pela narina esquerda (iḍā), diga que será do sexo feminino;
se a respiração estiver fluindo pelo centro (suṣumnā), prediga que ela dará à luz uma criança sem vida.

Śloka 58 — Suponha que uma mulher grávida pergunte a um astrólogo: “Qual será o sexo da criança que eu vou dar à luz?” Então, diga a ela que será um menino (masculino) se ela fizer a pergunta do lado em que você tem respiração (ou seja, pelo lado que o ar está fluindo). Se não for do lado da respiração, diga que será uma menina (feminino). Se a respiração estiver passando pelos dois lados (iḍā e piṅgalā), então prediga que ela dará à luz gêmeos.

Śloka 59 — Se alguém deseja ter sucesso facilmente em qualquer empreendimento na vida, deve começar quando a respiração estiver no lado esquerdo (iḍā) e chegar ao seu destino quando a respiração estiver no lado direito (piṅgalā).

Śloka 60 — Em uma consulta relativa a uma invasão, se a respiração estiver passando pelo lado esquerdo, prediga que não haverá invasão.
Se estiver passando pelo lado direito, haverá um ataque.

Śloka 61 — A uma pergunta sobre se alguém será bem-sucedido em um duelo amistoso, se a pergunta for feita do lado onde há respiração, então diga que ele terá sucesso.

Śloka 62 — Quando a respiração passa pelo lado esquerdo (iḍā), um lutador pode se preparar, começar e entrar na arena.
Se ele atingir o oponente pelo lado esquerdo enquanto a respiração estiver no lado direito (piṅgalā), o sucesso estará garantido para ele.

Śloka 63 — Mesmo que o competidor entre no ringue com a respiração pela narina esquerda, ele será derrotado se continuar se movendo com a respiração permanecendo no mesmo lado.

Nessa situação, ele deve se voltar para o leste ou norte do ringue para evitar a derrota.

Śloka 64 — Em uma pergunta relacionada ao nascimento de um filho, quando a respiração do astrólogo é do tipo etéreo (ākāśa), diga que a criança no útero morrerá. Se a pessoa fizer a pergunta a partir do lado onde há respiração e depois passar para o lado onde não há respiração, então prediga que uma criança sem vida será dada à luz.
 
 

21. O “TOQUE” ANALISADO

 

Śloka 65 — Se, no momento da pergunta, o querente estiver tocando com a mão o próprio peito ou se estiver em contato com algum objeto auspicioso, então prediga coisas boas. Se não for esse o caso, resultados maléficos ocorrerão.

NOTAS: Neste śloka, o método passa a ser baseado no sparśa (toque).

Ślokas 66 e 67 Se ele tocar seu próprio umbigo, nariz, boca, mechas de cabelo da cabeça ou pelos em qualquer parte do corpo, unhas, dentes, partes íntimas, ânus, seios, pescoço, estômago, dedo anelar, as nove aberturas do corpo (os nove orifícios), a palma da mão, as solas dos pés, as articulações do corpo ou qualquer depressão, então prediga resultados maléficos.

Śloka 68 — Os oito pontos cardeais e os oito membros corporais possuem seus correspondentes simbolizados nas oito Yonis (formas, matrizes), como Dhvaja (bandeira), Dhūma (fumaça), etc. Resultados bons ou maus acontecem dependendo de quais desses pontos são tocados pelo querente.

Śloka 69 — Dhvaja (bandeira), Dhūma (fumaça), leão, cachorro, touro, um asno e vaca, e elefante correspondem, respectivamente, a leste, sudeste, sul, sudoeste, oeste, noroeste, norte e nordeste.

Śloka 70 — A cabeça, o nariz, a boca ou rosto, os olhos ou ouvidos, o pescoço, os braços ou mãos, o peito e as pernas correspondem simbolicamente, respectivamente, a Dhvaja, Dhūma, etc., mencionados no śloka 69.

NOTAS: Nesses três ślokas, há uma espécie de alocação simbólica dos oito membros principais do corpo aos oito pontos cardeais e aos órgãos sexuais (yoni) de oito animais. O toque de qualquer dessas partes pelo querente parece indicar o sucesso ou não do objetivo em questão. A seguir, pode-se organizar uma representação tabular dessas correspondências sugeridas nos ślokas acima.

Śloka acima:

Direção

Yoni

Membro do Corpo

Leste

Dhvaja (Bandeira)

Cabeça

Sudeste

Dhūma (Fumaça)

Nariz

Sul

Leão

Boca ou rosto

Sudoeste

Cachorro

Olhos ou ouvidos

Oeste

Touro

Pescoço

Noroeste

Asno

Braços, mãos

Norte

Elefante

Peito, seios

Nordeste

Corvo

Pernas

Śloka 71 — Se o questionador estiver em pé no leste e tocar sua própria cabeça, então prediga ganhos monetários; se tocar a boca, ganho de vacas; se tocar o pescoço, presente de veículos; se tocar o peito, presente de ornamentos. Se o questionador estiver em pé no sul e tocar o rosto ou a boca, destruição dos inimigos; se tocar o pescoço, ganhos monetários; se tocar o peito, geração de bons filhos; se tocar a cabeça, chegada de parentes.

Śloka 72 — Se o questionador estiver em pé no oeste e tocar a cabeça, ganho de conhecimento; se tocar a boca, aquisição de amigos; se tocar o pescoço, presente de vacas; se tocar o peito, ganho de veículos. Se o questionador estiver em pé no norte e tocar a cabeça, ornamentos; se tocar a boca, bons amigos; se tocar o pescoço, bons filhos; se tocar o peito, aquisição de elefantes ou passeio de elefante.

Śloka 73 — Se o questionador estiver em pé no sudeste e tocar seu nariz, perigo de vida; olhos e ouvidos, medo de problemas; braços, quebra de votos; e pernas, ruína da família. Se o questionador estiver em pé no sudoeste e tocar o nariz, perda de dinheiro; olhos e ouvidos, doença; braços, perda de filhos; e pernas, perigo.

Śloka 74 — Se o questionador estiver em pé no noroeste e tocar o nariz, medo de armas perigosas; olhos e ouvidos, doença da esposa; braços, litígio ou disputa; e pernas, matar uma vaca (ato negativo). Se o questionador estiver em pé no nordeste e tocar o nariz, quebra de dentes; olhos e ouvidos, morte causada por pessoas mal-intencionadas; braços, perigo para os filhos; e pernas, doença de algum parente.

Śloka 75 — Se o questionador, estando em pé no leste, sul, oeste ou norte, tocar respectivamente nariz, olhos, braços ou pernas; ou se, estando no sudeste, sudoeste, noroeste ou nordeste, tocar respectivamente o pescoço, peito, cabeça ou boca, os efeitos não serão nem muito ruins nem muito bons (ou seja, efeitos medianos).

Śloka 76 — Em qualquer consulta relacionada à longevidade, a cura de um homem doente dependerá do avasthā, ou seja, do estado do mensageiro ou do astrólogo no momento da pergunta.

 

22. SIGNO OCUPADO PELO QUERENTE

 

Śloka 77 — Para criar convicção no questionador, o astrólogo deve estudar o Arudha Lagna e, a partir dele, ler quais experiências o questionador teve no caminho até ali.

Śloka 78 — Se Rāhu ou Śani estiverem no Arudha ou na 5ª ou 8ª casa a partir dele, então o mensageiro pode ter visto pessoas muito humildes (de baixa condição) em seu caminho. Se Maṅgala ou Budha estiverem nessas posições, ele pode ter encontrado pessoas pertencentes à casta Śūdra.

Śloka 79 — Se Bṛhaspati (Guru) ou Śukra estiverem no Arudha ou na 5ª ou 8ª a partir dele, então certamente brāhmaṇas devem ter sido vistos. Se esses estiverem associados ou aspectados por planetas maléficos, então hindus das castas que usam o cordão sagrado (thread-wearing Hindus, ou seja, brāhmaṇas, kṣatriyas, vaiśyas).

Śloka 80 — Se o Sol estiver ali, então foram vistos personagens distintos ou autoridades (oficiais importantes); se a Lua ou Vênus, então uma mulher. Se a Lua e Śani estiverem juntos ali, ele pode ter visto mulheres de má reputação; se for apenas Vênus (sem planetas maléficos), então mulheres castas (virtuosas).

Śloka 81 — A natureza das pessoas que ele encontrou no caminho depende da associação ou aspectos de planetas maléficos ou benéficos. Além disso, as predições deverão ser feitas a partir da direção do querente e de seus gestos (gesticulações).

Śloka 82 — Se o Sol ocupa a oitava casa a partir do Arudha, então prediga desagrado real (desfavores vindos do rei) ou problemas vindos do exército, e isso deve ter acontecido no domingo anterior. Se ele ocupa um Jīva Navāṁśa, então diga que foi o próprio governante (rei). Prediga também alguma perda adequada ao tipo de Navāṁśa que o Sol ocupa — Dhātu, Jīva ou Mūla (isto é, reino mineral, vegetal ou animal).

Notas: Nos signos ímpares (Áries, Gêmeos, Leão etc.), o 1º, 4º e 7º Navāṁśa referem-se a Dhātu (mineral), o 2º, 5º e 8º referem-se a Mūla (animal) e o 3º, 6º e 9º referem-se a Jīva (vegetal). Nos signos pares (Touro, Câncer, Virgem etc.), o 1º, 4º e 7º referem-se a Jīva (vegetal), o 2º, 5º e 8º a Mūla (animal) e o 3º, 6º e 9º a Dhātu (mineral). No Śloka 80, foi traduzido como pessoa distinta ou oficial.

Śloka 83 — Se a Lua ocupa a oitava casa, então diga que o querente teve que passar fome na segunda-feira anterior ou que teve de viver apenas de água de arroz.

Notas: De acordo com o comentarista, se a Lua estivesse forte, então o querente teria sobrevivido apenas com água de arroz.

Ślokas 84 e 85 — Se Marte está na 8ª casa, então o querente sofreu uma queda. Se Marte está junto com Gulika, isso revela que a pessoa foi gravemente ferida. Conforme Marte ocupe um Navāṁśa de Dhātu, Mūla, Jīva ou Sariśṛpa, o querente foi machucado por alguma arma, lacerado por espinhos, arranhado ou ferido por unhas ou dentes, ou foi picado por uma cobra ou escorpião, na terça-feira anterior.

NOTA: Os Navāṁśas Sariśṛpa são Câncer, Escorpião e Peixes.

Ślokas 86 e 87 — Se Mercúrio ocupa a 8ª casa a partir do Arūḍha Lagna, o querente foi impedido em seu trabalho na quarta-feira anterior. Conforme Mercúrio estiver em um Navāṁśa de Mūla, Dhātu ou Jīva, o querente perdeu ou ficou sem folhas de bétele e nozes, ou ficou doente, ou trocou palavras ásperas ou ficou sem cal (chūnam).

Ślokas 88 a 92 — Se Júpiter está na oitava casa, diga que, na última quinta-feira, o cumprimento de seus deveres religiosos diários foi atrasado (no caso dos nascidos duas vezes — dvija) ou que houve perda de objetos. Se Vênus está na 8ª casa, ele teve separação de sua amada ou perda de roupas, ou suas roupas foram sujadas por terra. Se ele ocupa um Navāṁśa de Mūla, suas roupas foram rasgadas por espinhos. Se ocupa um Navāṁśa de Jīva, foram rasgadas por suas unhas ou ele as deu como presente. Se ocupa um Navāṁśa de Sariśṛpa, suas roupas foram mordidas por ratos ou comidas por cupins na sexta-feira anterior. Se Saturno está na oitava casa a partir do Arūḍha, diga que ele teve que comer muito tarde ou enfrentou um grande perigo no último sábado.

Ślokas 93, 94 e 95 — Se Rāhu está na oitava casa, diga que as pernas do querente foram afetadas por alguma dor no caminho. Se ele está em um Navāṁśa de Dhātu, diga que foi causado por pedras. Se ele está em um Navāṁśa de Mūla, alguns espinhos perfuraram seus pés. Se ele está em um Navāṁśa de Jīva, o querente foi picado por uma serpente no sábado anterior. Se Ketu está na oitava casa, diga que suas pernas bateram contra pedras na última terça-feira. Se ele está com Gulika, então preveja que suas pernas ficaram muito feridas.

Śloka 96 — Se planetas maléficos ocupam a terceira casa a partir do Arūḍha, então o querente teve que jejuar nos dias regidos por esses planetas.

Śloka 97 — As casas terceira, sexta e décima segunda também são maléficas, assim como a oitava casa. Portanto, preveja que algo maléfico aconteceu na semana passada, atribuindo os dias apropriados aos planetas que ocupam essas casas.

NOTAS: Esses ślokas são claros o suficiente e não precisam de muitas explicações. A posição dos diferentes planetas nas casas 3, 6, 8 e 12 a partir do Arūḍha Lagna, e em certos Navāṁśas, indica os acontecimentos — alguns triviais — que ocorreram em determinados dias da semana, relacionados aos planetas envolvidos. Os leitores podem testar esses princípios e descobrir por si mesmos a utilidade dessas combinações na era moderna.

“Podemos ilustrar com um mapa aqui. Suponha que no momento da consulta Aquário seja o Arūḍha Lagna.”


Rāhu está na 8ª casa no Rāśi e no Navāṁśa de Touro, que é o 5º Navāṁśa. Virgem sendo um signo par, o 5º Navāṁśa pertencerá a Mūla (animal/vegetal). Assim, pode-se esperar que o querente tenha pisado em espinhos que devem ter perfurado as solas de seus pés enquanto vinha ao astrólogo.

Śloka 98 — Suponha que planetas ocupem casas favoráveis, então prediga que coisas boas aconteceram nos dias governados pelos ocupantes. Essas previsões também podem ser feitas a partir do Udaya Lagna; nesse caso, prediga coisas boas ou ruins para os próximos dias da semana.

Śloka 99 — No Praśna Bhāṣya afirma-se o seguinte: se há maléficos fortes na 7ª casa a partir do Arūḍha do mensageiro ou da pergunta, ele deve ter encontrado maus presságios; se forem benéficos, bons presságios. Os mesmos resultados podem ser lidos a partir dos planetas na 4ª e 10ª casas a partir do Arūḍha. Os presságios durante uma viagem podem ser lidos a partir do Ascendente no momento da partida e das casas 4 e 10 a partir dele.

Śloka 100 — Se o Sol e Marte ocuparem as casas 1, 4, 7 e 10, então diga que ele encontrou alguns quadrúpedes, como elefantes ou vacas, como sinais indicativos em seu caminho. Mercúrio e Saturno são planetas das aves e indicam pássaros como o cakora. A Lua indica serpentes ou escorpiões, e Rāhu indica aranhas.

NOTAS: Deve-se notar que, se Júpiter ou Vênus ocupam tal posição, o questionador deve ter encontrado algum ser humano.

Śloka 101 — Se Saturno, Rāhu, Ketu ou Gulika ocuparem as casas 1, 4, 7 ou 10, diga que ele encontrou pessoas de casta inferior em seu caminho. Se a Lua e Vênus ocuparem as casas acima, diga que ele encontrou mulheres no caminho. Se for Mercúrio, diga que ele encontrou homens eruditos. Se for Júpiter, ele encontrou brāhmaṇas piedosos. Marte indica soldados. O Sol representa homens de distinção.

 

23. DIREÇÃO OCUPADA PELO QUERENTE


Śloka 102 — Se o mensageiro faz sua pergunta a partir do leste, sul, oeste ou norte, isso é considerado bom. Se ele ocupa o sudeste, sudoeste, noroeste ou nordeste, isso é considerado ruim. Isso se aplica apenas aos homens. O contrário vale para as mulheres.

Śloka 103 — Se o querente estiver voltado ou posicionado para o sul, isso indica algo maléfico, especialmente em questões relacionadas à longevidade.

 

24. PRAṆĀKṢARA


Śloka 104 — Se a primeira sílaba ou o gaṇa das palavras pronunciadas pelo querente pertencer a qualquer um dos Bhūtas — Ākāśa (éter), Vāyu (ar), Agni (fogo), Āpa (água) e Pṛthvī (terra), o efeito da consulta não será favorável.

NOTASGaṇa é um termo usado em métrica (chandas), onde há 8 grupos silábicos, a saber: (1) Ma, (2) Ya, (3) Ra, (4) Sa, (5) Ta, (6) Ja, (7) Bha e (8) Na.

Śloka 105 — O alfabeto é dividido em duas categorias, a saber: as vogais, encabeçadas por Ā (आ), e as consoantes, encabeçadas pelos guturais (ka, kha, ga, gha, ṅa), incluindo os líquidos, semivogais e sibilantes. As vogais constituem a “Vida” (jīva), e as consoantes constituem o “Corpo” (śarīra).

Śloka 106 — Se a frase da consulta começa com uma vogal, a pergunta pode estar relacionada à longevidade da pessoa e o efeito será benéfico. Qualquer problema, se existir, será apenas físico. Da mesma forma, se a frase começar com uma consoante, o problema não será tanto com o corpo, mas com a longevidade.

Śloka 107 — Os cinco vargas ou grupos de consoantes possuem cinco sílabas cada, presididas por Vāyu (ar), Agni (fogo), Indra, Jala (água) e Napuṁsaka (neutro/eunuco). Se a primeira letra da pergunta pertencer ao grupo Napuṁsaka, o resultado será extremamente ruim; se cair sob Vāyu e Agni, ocorrerão resultados negativos; se sob Indra, o efeito será neutro; e se sob Jala, os resultados serão favoráveis. Entre as vogais, as breves e longas pertencem, respectivamente, a Indra e Jala.

NOTASOs cinco vargas ou grupos de consoantes são:

·        Ka-varga (guturais): ka, kha, ga, gha, ṅa

·        Ca-varga (palatais): ca, cha, ja, jha, ña

·        Ṭa-varga (retroflexas/linguais): ṭa, ṭha, ḍa, ḍha, ṇa

·        Ta-varga (dentais): ta, tha, da, dha, na

·        Pa-varga (labiais): pa, pha, ba, bha, ma

Em cada varga, da primeira à última sílaba, são governadas respectivamente por: Vāyu (ar), Agni (fogo), Indra, Jala (água) e Napuṁsaka (neutro/eunuco).

Por exemplo, no Ka-varga, as letras ka, kha, ga, gha e ṅa são regidas por Ar, Fogo, Indra, Água e Napuṁsaka, respectivamente. Se a primeira letra de uma determinada consulta começar com “ma”, o resultado será prejudicial, já que a sílaba é presidida por Napuṁsaka ou eunuco. Da mesma forma, as demais sílabas devem ser interpretadas.

As sílabas ya, ra, la, va, śa, ṣa, sa, ha, ḷa e kṣa também têm governantes correspondentes conforme mencionado acima.

Além disso, os vogais curtos (breves) são atribuídos ao Bhūta Indra e os longos ao Bhūta Jala.

Śloka 108  

Gana

Deidade Presidindo

Efeitos

Jhagana (u — u)

Sol (Sūrya)

Aumento de doença

Sagana (u u —)

Ar (Vāyu)

Viagem para outro país

Bhagana (— uu)

Lua (Candra)

Renome mundial

Magana (———)

Terra (Bhūmi)

Prosperidade

Ragana (— u —)

Fogo (Agni)

Morte

Thagana (——— u)

Éter (Ākāśa)

Vazio ou pobreza

Yagana (u ——)

Água (Jala)

Prosperidade excepcional

Nagana (uuu)

Céu (Svarga)

Longa vida


NOTASEste śloka vem do Anuṣṭhānapaddhati. As letras são divididas em duras (guru) e suaves (laghu). As longas são consideradas duras e as curtas, suaves. Na palavra pronunciada pelo questionador, as três primeiras letras formam um gaṇa. Os gaṇas são divididos em oito com base nas combinações de sons suaves e duros.

Por exemplo, no śloka 108, na primeira linha, das três letras que compõem o Jhagaṇa, a primeira (u) é laghu (suave), a segunda é guru (dura) e a terceira é laghu; todo o Jhagaṇa é regido pela deidade Sol (Sūrya). Da mesma forma, no Sāgaṇa, as duas primeiras letras (u u) são suaves e a terceira (—) é dura. No Māgaṇa, todas as três letras (———) são duras (guru).

Nas palavras pronunciadas pelo questionador, pegue as três primeiras letras, enquadre-as nessa classificação de gaṇas e, então, faça a previsão apropriada. Com todo o respeito ao autor e a seus eminentes discípulos, devo confessar que o método dado no śloka 108 não é facilmente aplicável na prática real.

Śloka 109 — Se o questionador pronunciar palavras que sejam muito agradáveis aos ouvidos, auspiciosas, coerentes e expressivas, prediga sucesso em seu empreendimento; caso contrário, não. Se a frase dele terminar com um visarga (o som aspirado final “ḥ”), então o efeito também será desfavorável.

Śloka 110 — Além disso, descubra o Lagna (ascendente) a partir da primeira letra da fala do questionador e, então, prediga os resultados, sejam eles bons ou maus, conforme o caso.

Śloka 111 — Existem sete vargas, a saber: ā (अ), ka (क), ca (च), ṭa (ट), ṭha (ठ), pa (प) e ya (य), pertencentes respectivamente ao Sol, Marte, Vênus, Mercúrio, Júpiter, Saturno e à Lua.

Śloka 112 — Por meio da consideração desta divisão em vargas, determine o Lagna com base na primeira, segunda e terceira letras e responda ao questionador.

Śloka 113 — No caso de Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno, cada um com dois signos, considere seus signos ímpares ou pares conforme a sílaba pertença a um varga ímpar ou par. No caso dos luminares (Sol e Lua), não há tal diferença, pois eles possuem apenas uma casa cada.

Śloka 114 — Este método é usado quando nem o Ārūḍha Lagna nem o Udaya Lagna são conhecidos. Também é usado quando muitas perguntas são feitas praticamente ao mesmo tempo.

NOTASAlgum tipo de conexão é estabelecida entre as vibrações sonoras e os signos do zodíaco. Existem sete vargas ou grupos de letras.

Planeta

Letras que iniciam o Varga

Sol

a, ā, i, ī, u, ū, ṛ, ṝ, lu, lū, e, ai, o, au

Marte

ka, kha, ga, gha, ṅa

Vênus

ca, cha, ja, jha, ña

Mercúrio

ṭa, ṭha, ḍa, ḍha, ṇa

Júpiter

ta, tha, da, dha, na

Saturno

pa, pha, ba, bha, ma

Lua

ya, ra, la, va, śa, ṣa, sa, ha, ḷa

De acordo com o śloka 111, os vargas acima são regidos pelo Sol, Marte, Vênus, Mercúrio, Júpiter, Saturno e a Lua, respectivamente. O śloka 112 é interpretado por diferentes estudiosos de diferentes maneiras. O Sr. P. G. S. Iyer, que me auxiliou na tradução desta obra e que era bem versado em Malayalam e Sânscrito, entende que, tomando a primeira palavra da pergunta e rastreando-a até o varga correspondente e, daí, ao planeta, o Lagna deve ser determinado. Suponha que a primeira palavra de uma pergunta comece com “Ā” (*): o planeta regente é o Sol, logo o Lagna seria Leão.

No caso de dois signos regidos por um planeta, deve-se considerar a posição ímpar ou par da primeira letra no varga apropriado. Por exemplo, suponha que uma pergunta comece com “ba” (); esta é a terceira letra no Pavarga, regido por Saturno. Como 3 é um número ímpar, você deve tomar Aquário, o signo ímpar, como Lagna. Se, em vez disso, a pergunta começasse com “bha” (), esta é a quarta letra, e como 4 é um número par, o Lagna será Capricórnio, o signo par regido por Saturno.

Este método de determinar o Lagna deve ser usado na ausência de Arudha ou Udaya Lagna, ou quando várias perguntas são feitas simultaneamente. Os ślokas 112 a 114 são retirados do Prasna Jñāna de Bhattotpala.


25. A POSTURA OU COMPORTAMENTO DO QUERENTE


Śloka 115 — Observe o querente quanto à forma como ele está posicionado. Se ele colocar o pé esquerdo à frente, então prediga que será algo bom; se ele colocar o pé direito à frente, será algo ruim. Se ele balançar a perna, isso produzirá apenas efeitos maléficos. Se ele permanecer firme, será auspicioso.

Śloka 116 — Se ele se sentar com facilidade, ereto, de frente para o astrólogo, em um local elevado e sobre um bom assento, isso é auspicioso. Se ele se sentar em um lugar baixo, sobre um assento ruim, isso é desfavorável.

Śloka 117 — Se o querente fizer a pergunta estando sentado e depois se levantar, ou se fizer a pergunta em pé e depois se sentar, os resultados serão favoráveis.

Śloka 118 — Suponha que o querente, ao entrar no campo de visão do astrólogo, pare aqui e ali; então prediga “atraso” pelo número de dias correspondente ao número de suas paradas.

Śloka 119 — Suponha que um estranho cruze o espaço entre o astrólogo e o querente; então deve-se prever fracasso ou não obtenção da ajuda esperada.


26. O PADRÃO DE COMPORTAMENTO DO QUERENTE


Śloka 120 — Suponha que o querente sacuda ou torça as mãos ou as esfregue, ou olhe de lado, ou esqueça o objetivo de sua visita, e então coloque a pergunta após muita hesitação — então prediga fracasso.

Śloka 121 — Suponha que, de repente, ele bata fortemente no próprio corpo ou em qualquer objeto próximo, então prediga morte. O efeito será o mesmo quando houver pensamentos, visões ou notícias com indicações de morte.

Śloka 122 — Suponha que ele esteja sonolento ou sujo, ou esteja chorando, ou com os cabelos despenteados, ou com o rosto ferido, ou tenha a cabeça completamente raspada, ou esteja nu, ou lamente seu destino, ou esteja envolvido em cortar algo, ou fuja com medo, ou esteja realizando um homa para Agni (rito de fogo), ou amarre algo em volta das pernas ou mãos, ou esfregue frequentemente os olhos com as mãos, ou esteja desanimado, ou seja visto pisando em um pedaço de madeira ou em um punhado de capim — então saiba que os efeitos serão maléficos.

Śloka 123 — Se o querente for encontrado torcendo uma corda, riscando o chão com as unhas, for forçado a mudar de lugar ou sofrer algum tipo de bloqueio, estiver com o corpo untado de óleo, carregando cinzas ou ossos, chumbo ou esterco, ou for descoberto como estando doente; tiver um pano enrolado ao redor do pescoço; tiver o corpo coberto de lama; for visto proferindo sons ou palavras desagradáveis e ásperas; ou estiver realizando um Śrāddha (rito funerário ancestral) — então você pode ter certeza de que nada de bom poderá ser previsto.

Śloka 124 — Suponha que ele esteja portando uma faca ou espada, um feixe de feno, rede, palha, sapatos, penas de pavão, couro, ornamentos de cadáver, chifre, vassoura, cesto de peneirar grãos, cordas, pilões; ou que ele esteja passando fome ou seja aleijado — então também prediga resultados maléficos.

 

27. HUMOR OU BHĀVA DO QUERENTE


Śloka 125 — Se ele estiver com o rosto distorcido, seja por raiva, tristeza ou esforço, ou se sua mente estiver muito perturbada, então também os efeitos serão maléficos.

Śloka 126 — Se o mensageiro ou querente for bonito, saudável e modesto, tiver as marcas de nobre nascimento e linhagem e possuir um rosto alegre, então considere isso como auspicioso e prediga conforme.

Śloka 127 — Se seus olhos estiverem bem abertos ou ele estiver olhando para objetos auspiciosos, e estiver livre de olhares para baixo ou para cima, então prediga efeitos favoráveis. Se seus olhos estiverem semicerrados, se ele olhar para coisas sujas ou inauspiciosas, ou se olhar para cima ou para baixo, os resultados serão muito maléficos.


28. VESTIMENTA E ROUPAS


Śloka 128 — Se o querente estiver usando roupas molhadas, rasgadas, sujas, de cor vermelha ou azul, ou se ele se enfeitar com flores vermelhas, os efeitos do Praśna serão de tristeza. Se ele estiver com roupas brancas e limpas, ornamentos finos, flores brancas perfumadas e ricos perfumes em seu corpo, então os efeitos serão auspiciosos.

Śloka 129 — Se o querente vier com qualquer objeto auspicioso na mão, então prediga bons resultados. Se ele vier de mãos vazias ou com qualquer objeto inauspicioso, como uma vassoura, etc., então prediga efeitos maléficos.

 

29. ALGUNS LAKṢAṆAS PECULIARES


Śloka 130 — Se, no momento da consulta, o astrólogo estiver livre de todas as ansiedades, e se a postura, os movimentos e os olhares do querente forem favoráveis, então prediga bons resultados.

Śloka 131 — Se essas condições forem desfavoráveis, então a realização dos objetos desejados pelo querente não ocorrerá. Se essas condições forem de natureza mista, então os efeitos serão mistos, de acordo com a força das indicações boas e más.

 

30. PRESSÁGIOS OU TATKĀLA LAKṢAṆAS


Śloka 132 — Todos os efeitos de uma consulta podem ser plenamente compreendidos por um estudo cuidadoso do que você vê diante de si ou do que você ouve ou do que outros dizem no momento da consulta, na forma de sons agourentos ou sinais expressivos.

Śloka 133 — A visão de certos objetos traz conforto e bem-estar. Observe esses sinais sugestivos quando começar a fazer previsões. Isso também será útil quando você for ou começar uma viagem para outro lugar.

Śloka 134 — Ao discutir assuntos matrimoniais ou quando estiver partindo para uma cerimônia de casamento, a visão de “roupa nova” e similares indica um casamento feliz. No entanto, se você por acaso vir duas pessoas se despedindo uma da outra e se separando, então o vínculo matrimonial será rompido ou dissolvido.

Śloka 135 — Se você vir alguma pessoa enfiando o dedo em algum buraco, então diga que a noiva em questão é imoral. No entanto, se você notar alguma pessoa vindo em sua direção de qualquer lado, pode predizer que um cavalheiro daquela direção se casará com ela.

Ślokas 136 e 137 — Em uma consulta referente ao “nascimento de filhos”, uma visão casual dos seguintes itens no momento traz sorte e realização do objetivo: um livro, caneta e semelhantes; um pequeno sino tilintante; pulseiras, colares e outros enfeites de crianças; um pequeno pedaço de pele de cervo; um bastão; um cinto feito de grama darbha; uma mulher grávida; crianças sorridentes — tudo isso indica claramente que o questionador terá filhos.

Śloka 138 — Se você por acaso vir alguém por perto limpando seu corpo, ou indo embora do seu meio, ou algo queimando intensamente, diga que a mulher grávida em questão terá um aborto.

Ślokas 139 e 140 — Em uma praśna de guerra (yuddha praśna), os seguintes são considerados sinais favoráveis: uma pessoa em pé sobre sua perna direita ou sacudindo suas armas pressionando com a mão direita; um fogo ardente; ou uma pessoa distinta, augusto e calma.

Ślokas 141 e 142 — Uma pessoa firmemente em pé sobre sua perna esquerda; uma pessoa derramando lágrimas ou falando com voz trêmula; uma pessoa suja; ou alguém embainhando sua espada: essas visões indicam derrota em um combate.

Śloka 143 — Em uma consulta referente a um empreendimento, a visão de uma peça de ouro ou de algumas frutas sugere ganho financeiro.

Ślokas 144 e 145 — Em uma consulta relacionada a doença, a visão de um ser vivo ou de uma pessoa montada a cavalo ou em um elefante prenuncia a cura imediata da doença. Mas, se estiver de pé sobre um objeto sem vida, isso trará a morte do questionador.

Ślokas 146 e 147 — Flores para ritos funerários, sementes de gergelim, brasas ardentes, roupas não lavadas, grama darbha (kuśa grass), coalhada, todos os itens usados em cerimônias fúnebres — enterro ou cremação — quando vistos, indicam a morte do doente.

Ślokas 148 e 149 — Em uma consulta referente a viagens, se o mensageiro se senta ou deita após a pergunta ser feita, então você pode dizer que alguns obstáculos irão impedir sua viagem. Se ele se levanta sobre uma perna e mantém a outra encolhida, algum atraso ocorrerá em sua jornada. Se ele se levanta ou começa a andar assim que a pergunta é feita, prediga que a viagem pretendida acontecerá em breve.

Śloka 150 — Se você por acaso encontrar duas pessoas com as mãos entrelaçadas ou se encontrar um estranho caminhando em sua direção, então uma disputa terminará em acordo. Separações, rompimentos, etc., levam à obstrução da paz.

Śloka 151 — Os seguintes são considerados maus presságios, indicando fracasso: — gritos intermitentes de “Oh! Oh!”; sons de fungadas; a queda do mastro da bandeira ou da árvore sagrada familiar de adoração; roupas, guarda-chuva ou sapatos ficando danificados; palavras que conotam ruína ou perda ouvidas de todas as direções; aves agourentas ou animais cruéis emitindo gritos desagradáveis; luzes sendo apagadas inesperadamente; qualquer vaso cheio de água ou tão firmemente fixado que caia.

Śloka 152 — No momento da praśna, se você vir à sua esquerda gatos, corujas, um tipo de serpente ou lagarto Godhā, isso é considerado ruim; se você ouvir o grito de uma lagartixa do lado esquerdo, o efeito é o mesmo. O espirro de pessoas ao lado direito também é prejudicial.

Ślokas 153 e 154 — Se você ouvir alguém pronunciando os nomes de porcos, serpentes, lebres, lagarto Godhā, etc., isso é bom. Mas ver esses animais ou ouvir seus gritos é ruim. Ver ou ouvir os gritos de macacos e ursos é bom. Contudo, ouvir seus nomes pronunciados é mau. Ver ou ouvir os gritos de um elefante, cavalo ou boi também é auspicioso.

Śloka 155 — A vīṇā, flauta, tambor, concha — os sons desses instrumentos são auspiciosos. Música em geral, objetos agradáveis e belas mulheres, dançarinas, pote de coalhada, arroz colorido, cana-de-açúcar, grama durvā, pasta de sândalo, pote cheio de água, flores e guirlandas, frutas e virgens, sinos, luzes e flores de lótus — tudo isso é auspicioso tanto para ouvir quanto para ver.

Śloka 156 — Guarda-chuva, arcos, palanquins ou carruagens agradáveis, hinos de oração, recitação dos Vedas, uma vaca amarrada com uma corda, um touro, um espelho montado, ouro, uma vaca com seu bezerro, alimentos, barro fresco ou um paṇḍita erudito são bons. Em resumo, todas aquelas coisas que são agradáveis aos nossos ouvidos e prazerosas aos nossos olhos podem ser consideradas bons presságios em uma consulta.

Ślokas 157 e 158 — Outros sinais e presságios devem ser aprendidos em outros tratados sobre o assunto, ou sob a orientação de um guru, ou de acordo com o código de conduta traçado por homens sábios. Para orientação geral, pode-se tomar como garantido que todas as coisas ou sinais que nos ajudam a alcançar nossos objetivos são bons, e todas as coisas inauspiciosas indicam resultados contrários. Conhecendo a natureza benéfica ou maléfica dos presságios, é possível fazer previsões apropriadas.


Assim conclui-se o 2º capítulo do Praśna Mārga.




Nenhum comentário:

Postar um comentário