CAPÍTULO V – PRAŚNA MĀRGA
49. TEMPO DA CONSULTA
Śloka 1 — Sem conhecer corretamente o signo ascendente (Lagna) exato no momento de uma pergunta, nenhuma predição é possível. Este ponto foi repetidamente explicado nos tratados sobre este assunto.
Śloka 2 — A declaração do astrólogo nunca será infrutífera se ele tiver estudado bem os tratados astronômicos e astrológicos (śāstra) e se tiver calculado corretamente o Lagna por meio da sombra, dos instrumentos aquáticos (jala-yantra), etc.
50. CÁLCULO DO LAGNA
Ślokas 3 a 7 — Deve-se anotar o comprimento da sombra no momento da consulta e, a partir disso, subtrair o vākya do próximo estágio. O saldo deve ser convertido em polegadas (aṅgula-s) e multiplicado por 60.
O produto deve ser dividido pela diferença em polegadas entre aquele vākya e o vākya seguinte, tomado em polegadas. O quociente será o número de ghaṭikā-s e vighaṭikā-s decorridas no dia.
Então, a partir da posição do Sol (Sūrya) naquele instante, deve-se descobrir o saldo em graus do signo; multiplica-se isso pelo multiplicador do signo (Rāśi guṇaka) ocupado pelo Sol, quando se obterá o saldo restante do signo após o nascer do Sol.
Deduz-se isso do número de ghaṭikā-vighaṭikā-s decorridas no dia, assim como as durações dos signos seguintes, até que reste um saldo. Multiplica-se o saldo por 30 graus e divide-se pela duração do signo que ainda não foi completado. Isso dará os graus decorridos naquele signo específico, ao qual se deve prefixar o número que denota os signos já passados. Este será o Lagna.
NOTAS: O autor mostra como o Ascendente (Lagna) pode ser determinado anotando-se o comprimento da sombra no momento da pergunta. Este era o método padrão até poucas décadas atrás para a determinação do Ascendente.
Resumidamente, um círculo é traçado sobre um piso nivelado. O gnomon (uma haste de 12 aṅgula-s, feita especificamente para esse propósito) é colocado verticalmente no centro do círculo. O comprimento da sombra do gnomon no momento da pergunta é anotado, e a partir disso o Lagna para o instante em questão é calculado.
Os vākya-s são fórmulas astronômicas dadas em sūtra-s sânscritos concisos. Seu uso e aplicação requerem estudo diligente sob a orientação de um professor competente.
Por exemplo, existem 248 vākya-s para a Lua (Candra), que fornecem suas anomalias e permitem encontrar a longitude geocêntrica da Lua ao nascer do Sol em qualquer dia. Estes são chamados candra-vākya-s (वाक्य-s lunares). Esses vākya-s ou fórmulas ainda são amplamente utilizados hoje em dia em certas partes de Kerala para a determinação da posição da Lua, do nakṣatra e do tithi em qualquer dia específico.
A diferença (como aludido nos śloka-s 3 a 7) entre dois vākya-s consecutivos fornece a velocidade orbital daquele planeta específico ao pôr do Sol. A diferença entre dois vākya-s alternados dividida por dois fornece a velocidade orbital ao nascer do Sol.
O método prescrito pelo autor é, tanto impraticável quanto impossível, nos tempos atuais. Existem efemérides padrão disponíveis com as quais o Ascendente para o momento da pergunta pode ser determinado com muito mais facilidade e maior precisão.
51. CORREÇÃO PELO KUNḌA
Śloka 8 — Tendo chegado ao Lagna sphuṭa (graus exatos do Ascendente) correto, multiplica-se este por 81 (Kunḍa). Expurgam-se todos os múltiplos de 12. Do resto obtido, descobre-se o Nakṣatra.
Se este Nakṣatra coincidir com a constelação (Janma nakṣatra) do consulente, ou com seus trígonos (Anujanma nakṣatra-s), então tenha certeza de que este Lagna está correto. Caso não seja o Janma ou Anujanma nakṣatra, adiciona-se ou subtrai-se alguns minutos e ajusta-se o Lagna de modo a obter o asterismo (Nakṣatra) do consulente.
Śloka 9 — Adiciona-se ao Lagna ou subtrai-se dele 10 minutos de arco para cada asterismo (Nakṣatra).
Por exemplo, se o asterismo do consulente for Aśvinī e o Kunḍagata sphuṭa obtido pelo verso 8 for Kṛttikā, subtraem-se 20 minutos do Lagna sphuṭa. Se o Kunḍagata sphuṭa for Śatabhiṣaj, adicionam-se 40 minutos. Ajusta-se também essa mudança no dinagata (tempo do dia) de forma correspondente.
NOTAS: Suponha que o Ascendente esteja em 11°34' e o asterismo natal seja Mṛgaśīrṣa. Aplicando os śloka-s 8 e 9, temos:
Lagna sphuṭa (11°34' = 694 minutos de arco) × Kunḍa (81) = 56.214.
Dividindo-se isso por 12, ou seja, expurgando os múltiplos de 12, o restante é 6, o que, contado a partir de Aśvinī, dá Ārdrā.
Como a estrela (Nakṣatra) obtida pelo Kunḍagata é Ārdrā e a estrela natal dada é Mṛgaśīrṣa, subtraem-se 10 minutos do Lagna sphuṭa. Assim, o Lagna será 11°24'. Ajusta-se, então, o tempo de nascimento fornecido de acordo.
52. LONGITUDE DA LUA
Ślokas 10, 11 e 72 — À posição da Lua (Candra) obtida a partir do sistema de cálculo Parahita, devem-se adicionar 24 minutos.
A esta soma, aplicam-se as seguintes séries numéricas — 1, 3, 4, 5, 6, 5, 4, 3 e 1 — para cada bloco de 10 dias:
subtrai-se (valor negativo) desde o 10º dia de Kanyā (Virgo) até o 10º dia de Dhanuṣ (Sagittarius) e desde o 10º dia de Mīna (Pisces) até o 10º dia de Mithuna (Gemini);
soma-se (valor positivo) desde o 10º dia de Dhanuṣ até o 10º dia de Mīna e desde o 10º dia de Mithuna até o 10º dia de Kanyā.
Este será o Dṛk-gaṇita Candra — a posição corrigida da Lua de acordo com o cálculo visual (Dṛk).
No ano 825 da Era Kollam, sustentava-se a opinião de que 24 minutos deveriam ser adicionados à Lua.
O seguinte foi afirmado na obra chamada Kaṇṭhābharaṇa (कण्ठाभरण), referente à obtenção correta da Lua Dṛk.
Śloka 13 — Deve-se encontrar os asu-s com a ajuda da função obtida ao somar a precessão relativa ao ano Kollam à posição do Sol (Sūrya) naquele instante. Multiplica-se isso por 17 e divide-se o produto por 12.
O resultado será negativo ou positivo conforme a posição do Sol Sāyana (isto é, se estiver no lado bhuja ou koṭi).
Então, dividindo-se 145 por 509 e convertendo-se o resultado em minutos, soma-se isso à Lua Parahita.
Assim, obtém-se a equivalência à Lua Dṛk Candra — a posição final da Lua corrigida.
NOTAS: Nos ślokas 10 a 13, o autor fornece os métodos para calcular o Candra sphuṭa com base no sistema Parāhita, um sistema de cálculo que estava em voga em Kerala.
Embora não seja necessário que o leitor se preocupe em aplicar este método hoje em dia, apresento aqui algumas clarificações baseadas no comentário de Śrī Puṇaśśēri Nambi Nīlakaṇṭha Śarma (श्री पुनश्शेरि नम्बि नीलकण्ठ शर्मा).
A palavra “am” não foi especificada. Talvez se refira a caraśu. Ao encontrar o Lagna, o termo nāḍikā (नाडिका) também inclui vināḍikā (विनाडिका). Para encontrar o tempo decorrido desde o nascer do Sol até o instante desejado, indica-se um método que faz uso do conhecimento sobre o comprimento da sombra (chāyā).
De chāyā para aṅgula aplica-se a regra de três; a medição se faz pela diferença em polegadas. O efeito final é de 60 vināḍikā-s.
O vākya adjacente é subtraído da sombra observada, e isso dá o ponto de partida. Quanto ao vākya, ele começa com siṁha yugate dinape e é fornecido no Jyotiṣaśāstra Subodhinī.
Quando o Sol está no final de um signo, o processo se torna intricado e, para lugares onde é difícil calcular, essas regras já foram estabelecidas. Portanto, esses vākya-s precisam ser moldados de acordo com os tempos e os locais específicos.
Mesmo o método proporcional é apenas aproximado, pois a sombra diminui rapidamente. Quando se requer maior precisão, deve-se recorrer ao “cálculo das sombras”. Fora dos pontos de junção (saṅkrānti), o tempo calculado por esses métodos também pode ser usado.
De qualquer forma, seja pelo método indicado, seja pelo “cálculo das sombras”, deve-se determinar o tempo já transcorrido no dia. Para determinar a porção que ainda falta transcorrer no signo ocupado pelo Sol ascendente, é necessário recorrer apenas à regra de três.
Depois de subtrair o saldo (da duração) do signo no nascer do Sol e as durações dos signos seguintes do tempo total até o momento da pergunta, obtém-se a porção já decorrido no signo ascendente (udayī rāśi).
Pela aplicação da regra de três, chega-se ao Lagna sphuṭa (graus exatos do Ascendente).
As durações dos rāśi-s (signos) e seus divisores variam de acordo com o tempo e o lugar — um fato que sempre deve ser mantido em mente.
O termo Vīra (वीर) representa 24. Kāla secmāthi śobhan-gaya, por notação numérica, representa os números 1, 3, 4, etc., a serem aplicados aos meses a partir do 10º dia de Kanyā (Virgo) e do 10º dia de Mīna (Pisces), para cada bloco de 10 dias.
Para os meses de Kanyā (10º dia) até Dhanuṣ (10º dia) e de Mīna (10º dia) até Mithuna (10º dia), esses valores devem ser subtraídos da Lua Parāhita. Para os demais meses, eles devem ser somados.
De acordo com o Parāhita gaṇita (o sistema Parāhita de cálculos), ao trabalhar a duração do dia, somente o cara-phala (o resultado direto) proveniente do bhuja (arco) do Sol é levado em consideração — e não o prāṇa-kālāntara (intervalo vital).
Porém, no sistema Dṛk (cálculo observacional), o prāṇa-kālāntara também é levado em conta. Portanto, essa nova correção visa regularizar isso.
Como explicado acima, a aplicação das constantes, a saber, 1, 3, 4, 5, etc. (vide śloka-s 10 a 13), à Lua Parāhita para convertê-la em Lua Dṛggaṇita está relacionada à posição do Sol (Sūrya).
Assim, quando o Sol ocupa as seguintes posições, a correção a ser aplicada será a seguinte:
— De Kanyā (Virgo) 10° até Dhanuṣ (Sagittarius) 10° → subtraem-se os valores.
Signo
|
Graus
|
Constante
|
Correção
|
Virgo
|
10°–20°
|
1
|
Negativa
|
Virgo
|
21°–30°
|
3
|
Negativa
|
Libra
|
1°–10°
|
4
|
Negativa
|
Libra
|
11°–20°
|
5
|
Negativa
|
Libra
|
21°–30°
|
6
|
Negativa
|
Scorpio
|
1°–10°
|
5
|
Negativa
|
Scorpio
|
11°–20°
|
4
|
Negativa
|
Scorpio
|
21°–30°
|
3
|
Negativa
|
Sagittarius
|
1°–10°
|
1
|
Positiva
|
Sagittarius
|
11°–20°
|
1
|
Positiva
|
Sagittarius
|
21°–30°
|
3
|
Positiva
|
Capricorn
|
1°–10°
|
4
|
Positiva
|
Capricorn
|
11°–20°
|
5
|
Positiva
|
Capricorn
|
21°–30°
|
6
|
Positiva
|
Aquarius
|
1°–10°
|
5
|
Positiva
|
Aquarius
|
11°–20°
|
4
|
Positiva
|
Aquarius
|
21°–30°
|
3
|
Positiva
|
Pisces
|
1°–10°
|
1
|
Negativa
|
Pisces
|
11°–20°
|
3
|
Negativa
|
Pisces
|
21°–30°
|
4
|
Negativa
|
Aries
|
0°–10°
|
5
|
Negativa
|
Aries
|
10°–20°
|
6
|
Negativa
|
Aries
|
21°–30°
|
5
|
Negativa
|
Taurus
|
0°–10°
|
4
|
Negativa
|
Taurus
|
10°–20°
|
3
|
Negativa
|
Taurus
|
21°–30°
|
1
|
Negativa
|
Gemini
|
0°–10°
|
1
|
Positiva
|
Gemini
|
11°–20°
|
3
|
Positiva
|
Gemini
|
21°–30°
|
4
|
Positiva
|
Cancer
|
1°–10°
|
5
|
Positiva
|
Cancer
|
11°–20°
|
6
|
Positiva
|
Cancer
|
21°–30°
|
5
|
Positiva
|
Leo
|
1°–10°
|
4
|
Positiva
|
Leo
|
11°–20°
|
3
|
Positiva
|
Leo
|
21°–30°
|
1
|
Positiva
|
Virgo
|
0°–10°
|
3
|
Positiva
|
Suponha que a posição da Lua (Candra) em um determinado dia deste ano seja 24°30' conforme o sistema Parāhita.
O Sol (Sūrya) está a 25° em Siṁha (Leo), o que significa o 25º dia do mês solar de Siṁha.
Adicionando 24 minutos a 24°30', obtemos 24°54'.
O Sol está a 25° em Siṁha. A data solar, portanto, é o 25º dia de Siṁha.
A partir da tabela fornecida anteriormente, quando o Sol está a cerca de 20°30' de Siṁha, o valor a ser somado é 1. Portanto, 24°54' + 1' resulta em Lua Dṛggaṇita como 24°55'. A palavra stuṅgo representa 74, e em cerca de 74 anos a precessão corresponde a 1°. Mesmo este valor é aproximado. Essa diferença ficará clara pela disparidade na longitude média da Lua nos sistemas Dṛk e Parāhita, o que pode ser detectado como real (ou não) apenas por astrônomos e astrólogos. Como atualmente estão disponíveis posições planetárias precisas, baseadas em observações corretas (Dṛk), não é necessário que um estudante de astrologia se preocupe com os métodos aqui descritos. Esses métodos já são considerados obsoletos.
NOTA DA TRADUTORA: CONTEXTO HISTÓRICO – Neste contexto, pode-se afirmar que esta obra foi escrita numa época em que a precessão dos equinócios estava em cerca de 20°. Por isso, foi adotado o 10º dia de Kanyā (Virgo) e o 10º dia de Mīna (Pisces). A palavra Arka (अर्क), na notação, refere-se ao número 10 — e foi por isso que o 10º dia foi tomado como referência. Atualmente, com a precessão em cerca de 22°, o dia de referência deveria ser o 8º dia.
Śloka-s 14, 15 e 16 — Esses três śloka-s apresentam o método de cálculo da longitude de Gulika.
NOTAS: Os três śloka-s acima fornecem um método trabalhoso para descobrir a posição de Gulika com base no carājya (चराज्य) do Sol (Sūrya). Os leitores não precisam se preocupar com este método complicado. Parece haver alguma confusão quanto a se Gulika e Māṇḍī são a mesma coisa ou se são "planetas" diferentes (graha-s distintos). Vou tratar brevemente do método para encontrar a posição de Māṇḍī.
53. POSIÇÃO DE GULIKA MĀṆḌĪ
A partir do domingo, durante o período diurno, a posição de Māṇḍī corresponderá ao grau ascendente (Lagna) no final de: 26, 22, 18, 14, 10, 6 e 2 ghaṭikā-s após o nascer do Sol; isso considerando que o nascer do Sol ocorre às 6h da manhã. Se o comprimento do dia for maior ou menor que 30 ghaṭikā-s, esses valores deverão ser ajustados proporcionalmente. Por exemplo, se a duração do dia for de 32 ghaṭikā-s em um domingo, com o nascer do Sol às 5h40, então a posição de Māṇḍī corresponderá ao grau ascendente no final de 27,73 ghaṭikā-s após o nascer do Sol.
Durante o período noturno, a posição de Māṇḍī corresponderá ao grau ascendente no final de: 10, 6, 2, 26, 22, 18 e 14 ghaṭikā-s respectivamente a partir do pôr do Sol, começando pelo domingo. Esses valores são válidos considerando que a duração da noite seja de 30 ghaṭikās. Alterações apropriadas devem ser feitas se a duração noturna for maior ou menor que 30 ghaṭikā-s. Por exemplo, se em um sábado a duração da noite for de 34 ghaṭikā-s, então a posição de Māṇḍī corresponderá ao grau ascendente no final de 15,86 ghaṭikās após o pôr do Sol.
DURANTE O DIA – Os regentes das sete primeiras partes do dia são os sete planetas (graha-s) contados a partir do regente do dia da semana escolhido, na seguinte ordem:
1. Sol (Sūrya)
2. Lua (Candra)
3. Marte (Maṅgala)
4. Mercúrio (Budha)
5. Júpiter (Guru)
6. Vênus (Śukra)
7. Saturno (Śani).
A oitava e última porção não tem regente. Portanto, a posição de Gulika corresponde ao Ascendente que surge ao final da porção de Śani (Saturno).
DURANTE A NOITE – Os regentes das sete primeiras porções ou muhūrta-s são os sete planetas, contados a partir do regente do quinto dia da semana a partir do dia escolhido. Também aqui, o muhūrta de Śani corresponde a Gulika.
Tanto Māṇḍī quanto Gulika são chamados de “filhos de Śani” (Śani-putra).
EXEMPLO PRÁTICO: SEXTA-FEIRA – Suponhamos que estejamos numa sexta-feira (Śukravāra) durante o dia, com uma duração diurna de 30 ghaṭikā-s e o Sol nascendo às 6h00 da manhã.
Māṇḍī: Na sexta-feira, a posição de Māṇḍī corresponde ao grau ascendente no final de 6 ghaṭikā-s após o nascer do Sol.
Gulika: Como a duração do dia é de 30 ghaṭikā-s, cada parte é igual a 3¾ ghaṭikā-s (30 ÷ 8 = 3,75). O regente da primeira parte é Śukra (Vênus, regente do dia da semana) e o da segunda parte (até 7½ ghaṭikā-s) é Śani (Saturno). Portanto, a longitude de Gulika corresponde ao grau ascendente no final de 7½ ghaṭikā-s após o nascer do Sol. Contudo, no que diz respeito ao autor deste texto, ele parece ter aceito tanto Gulika quanto Māṇḍī como sendo o mesmo “planeta”, e, consequentemente, a posição de Gulika, para fins deste livro, deve ser obtida pelo mesmo método usado para Māṇḍī.
54. TRIṢPHUṬA
Śloka 17 — Mantenha separadamente os sphuṭas ou longitudes dos três, a saber: Ascendente (Lagna sphuṭa). Lua (Candra sphuṭa). Gulika (Gulika sphuṭa). Então, soma-se os três. Isso é chamado de Tri-sphuṭa (Trisphuṭa).
Śloka 18 — Adicionando o Sūrya sphuṭa (longitude do Sol) ao Trisphuṭa, obtém-se o Catuḥ-sphuṭa. Somando-se o Rāhu sphuṭa ao Catuḥ-sphuṭa, obtém-se o Pañca-sphuṭa.
NOTAS – Os śloka-s são simples e não necessitam de grandes elucidações. Tomemos um exemplo em que as longitudes ou sphuṭa-s do Sol, da Lua, do Lagna, de Gulika e de Rāhu sejam os seguintes:
1. Sol (Sūrya) → 301°12′
2. Lua (Candra) → 18°29′
3. Lagna (Lagna) → 43°09′
4. Gulika (Gulika) → 64°26′
5. Rāhu (Rāhu) → 6°09′
Cálculo - Resultado
Cálculo
|
Resultado
|
Lagna + Lua + Gulika =
|
Tri-sphuṭa
|
43°09′ + 18°29′ + 64°26′ =
|
126°04′
|
Tri-sphuṭa + Sol =
|
Catuḥ-sphuṭa
|
126°04′ + 301°12′ =
|
67°16′ (após ajuste de ciclo)
|
Catuḥ-sphuṭa + Rāhu =
|
Pañca-sphuṭa
|
67°16′ + 6°09′ =
|
73°25′
|
NOTA IMPORTANTE: Em todos esses cálculos, deve-se expurgar os múltiplos de 360° (ou seja, subtrair 360° sempre que a soma ultrapassar esse valor), pois as longitudes zodiacais são medidas em círculo de 0° a 360°.
55. PRĀṆA E DEHA
Śloka 19 — Multiplica-se o Lagna sphuṭa por cinco. Soma-se o Gulika sphuṭa → obtém-se o Prāṇa sphuṭa. Multiplica-se o Candra sphuṭa (Lua) por oito. Soma-se Gulika sphuṭa → obtém-se o Deha sphuṭa. Multiplica-se o Gulika sphuṭa por sete. Soma-se o Sūrya sphuṭa (Sol) → obtém-se o Mṛtyu sphuṭa.
Cálculo
|
Lagna sphuṭa × 5 + Gulika = Prāṇa sphuṭa
|
43°09′ × 5 +64°26′ = 280°11′
|
Candra sphuṭa x 8 + Gulika = Deha sphuṭa
|
18°29′ × 8 + 64°26′ = 212°18′
|
Gulika × 7 + Sūrya sphuṭa = Mṛtyu sphuṭa
|
64°26′ × 7 +301°12′ = 32°14′
|
Ślokas 20 A 22 — Multiplica-se o número de ghaṭikā-s decorridas no momento da pergunta (Praśna ghaṭi-s) por 120 e divide-se o produto pela duração do dia (em ghaṭikā-s). Ao quociente, soma-se a longitude do Sol (Sūrya sphuṭa).
Chamemos esse valor de X. Agora, ajusta-se X da seguinte forma:
Se o Sol estiver em um signo fixo (sthira rāśi), subtraem-se 4 signos (isto é, 120°) de X. Se o Sol estiver em um signo comum (dvi-svabhāva rāśi), somam-se 4 signos (120°) a X. Se o Sol estiver em um signo móvel (cara rāśi), não é necessário nem somar nem subtrair. O valor final é o Prāṇa sphuṭa.
NOTAS: Nos śloka-s 20, 21 e 22, é explicado outro método para calcular o Prāṇa sphuṭa, conforme apresentado em outros textos clássicos. O procedimento é: Multiplica-se o tempo da pergunta (Praśna) em ghaṭikā-s por 120; Divide-se o produto pela duração do dia (em ghaṭikā-s); Soma-se a longitude (sphuṭa) do Sol; A partir desse total:
→ subtrai-se 120° (4 signos) se o Sol estiver em um signo fixo (sthira);
→ adiciona-se 120° se o Sol estiver em um signo comum (dvi-svabhāva);
→ não se faz ajuste se o Sol estiver em um signo móvel (cara). O resultado final é chamado Prāṇa sphuṭa.
Determinação do Prāṇa-sphuṭa
Passo (a):
Praśna ghaṭikā-s × 120 = produto
Passo (b):
Produto ÷ duração do dia = quociente
Passo (c):
Quociente – longitude do Sol = X
Passo (d):
Se o Sol estiver em signos fixos (sthira rāśi),
X – 4 signos (120°) → Prāṇa-sphuṭa
Se o Sol estiver em signos comuns (dvi-svabhāva rāśi),
X + 4 signos (120°) → Prāṇa-sphuṭa
Se o Sol estiver em signos móveis (cara rāśi),
X = Prāṇa-sphuṭa
Exemplo ilustrativo:
Suponhamos:
Sol = 24° em Mithuna (Gêmeos) → 84°
Tempo do Praśna = 25 ghaṭikā-s e 42 vināḍikā-s após o nascer do Sol → 25,7 ghaṭikās. Duração do dia = 31 ghaṭikā-s
Para determinar o Prāṇa-sphuṭa:
(a) 25,7 × 120 = 3084
(b) 3084 ÷ 31 = 99,48 → que equivale a 99° 14′24″
Expurgando múltiplos de 12 signos (360°), temos: 99°14′24″ = 3 signos 14°24′ = 104°24′
(c) X = 84° – 188°24′ → X = 6 signos 8°24′ → 188°24′
Como o Sol está em um signo comum (dvi-svabhāva, Gêmeos), adiciona-se 4 signos (120°): 6s 8°24′ + 4s → 10 signos 8°24′ Logo: Prāṇa-sphuṭa final = Kumbha (Aquário) 8°24′
NOTA SOBRE OS MÉTODOS: Ao calcular o Prāṇa-sphuṭa etc., devido às divergências de opinião entre os antigos estudiosos, diferentes métodos foram apresentados por diferentes autores. Portanto, podemos calcular o Prāṇa-sphuṭa conforme o método fornecido pelo próprio autor no śloka 19, e o método dado nos śloka-s 20 a 22 pode ser usado para fins de pesquisa.
Śloka 23 — CÁLCULO DE MṚTYU-SPHUṬA E KĀLA-SPHUṬA – Multiplica-se o número de Praśna ghaṭikā-s por 35 e divide-se o produto pela duração do dia.
O resultado obtido é chamado Y.
Para determinar Mṛtyu-sphuṭa – Dependendo do dia da semana (vāra) em que ocorre o Praśna (domingo, segunda etc.), soma-se a Y o seguinte:
Dia (vāra)
|
Adição a Y para obter Mṛtyu-sphuṭa
|
Domingo (Ravi-vāra)
|
+ 1 signo (30°)
|
Segunda (Soma-vāra)
|
+ 10 signos (300°)
|
Terça (Maṅgala-vāra)
|
+ 2 signos + 15° (75°)
|
Quarta (Budha-vāra)
|
+ 5 signos + 5° (155°)
|
Quinta (Guru-vāra)
|
+ 4 signos (120°)
|
Sexta (Śukra-vāra)
|
+ 7 signos (210°)
|
Sábado (Śani-vāra)
|
+ 8 signos + 15° (255°)
|
Para determinar Kāla-sphuṭa – Subtrai-se os mesmos valores acima de Y. Ou seja, Kāla-sphuṭa = Y – valor correspondente.
NOTAS: A lógica matemática empregada aqui não é muito clara, mas o método é apresentado como foi transmitido, pelo que vale. Qualquer estudante com espírito de pesquisa pode estudar as implicações de Mṛtyu-sphuṭa ou Kāla-sphuṭa também em horóscopos natais e chegar às suas próprias conclusões.
56. DETERMINAÇÃO DE MṚTYU-SPHUṬA E KĀLA-SPHUṬA
Passo (a):
Praśna ghaṭikā-s × 35 = produto
Passo (b): Produto ÷ duração do dia (em ghaṭikā-s) = Y
Passo (c): Para Mṛtyu-sphuṭa, conforme o dia da semana:
Dia da semana (vāra)
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Mṛtyu-sphuṭa = Y + ...
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Domingo (Ravi-vāra)
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+ 1 signo (30°)
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Segunda (Soma-vāra)
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+ 10 signos (300°)
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Terça (Maṅgala-vāra)
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+ 2 signos + 15° (75°)
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Quarta (Budha-vāra)
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+ 5 signos + 5° (155°)
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Quinta (Guru-vāra)
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+ 4 signos (120°)
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Sexta (Śukra-vāra)
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+ 7 signos (210°)
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Sábado (Śani-vāra)
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+ 8 signos + 15° (255°)
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Passo (d): Para Kāla-sphuṭa, conforme o dia da semana:
Dia da semana (vāra)
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Kāla-sphuṭa = Y − ...
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Domingo (Ravi-vāra)
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− 1 signo (30°)
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Segunda (Soma-vāra)
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− 10 signos (300°)
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Terça (Maṅgala-vāra)
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− 2 signos + 15° (75°)
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Quarta (Budha-vāra)
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− 5 signos + 5° (155°)
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Quinta (Guru-vāra)
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− 4 signos (120°)
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Sexta (Śukra-vāra)
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− 7 signos (210°)
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Sábado (Śani-vāra)
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− 8 signos (240°)
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ILUSTRAÇÃO – Usando o exemplo anterior:
Praśna ghaṭikā-s = 25-42 → 25,7
Duração do dia = 31 ghaṭikā-s
a) 25,7 × 35 = 899,5
(b) 899,5 ÷ 31 = 29,01
Expurgando múltiplos de 12 signos (360°), Y = 5 signos 0°18′ → 150°18′
(c) Mṛtyu-sphuṭa - Suponha que o dia da semana seja quinta-feira (Guru-vāra),
então: Mṛtyu-sphuṭa = Y + 4 signos → 5s 0°18′ + 4s → 9 signos 0°18′ → 270°18′
Logo: Mṛtyu-sphuṭa = Makara (Capricórnio) 0°18′
(d) Kāla-sphuṭa - Kāla-sphuṭa = Y − 4 signos → 5s 0°18′ − 4s → 1 signo 0°18′ → 30°18′
Logo: Kāla-sphuṭa = Vṛṣabha (Touro) 0°18′
Portanto:
Mṛtyu-sphuṭa = Capricórnio 0°18′
Kāla-sphuṭa = Touro 0°18′
Ślokas 24 A 26 — Sol-Lua-Rāhu Cakra - Assume-se que: O Sol (Sūrya) passa pelos 12 signos (rāśi-s) a partir do nascer do Sol, permanecendo 2 ghaṭikā-s e 30 vighaṭikā-s em cada signo, em movimento retrógrado, começando por Dhanuṣ (Sagitário), passando por Vṛścika (Escorpião), Tulā (Libra), etc., nessa ordem.
A Lua (Candra) é sempre assumida como estando na 7ª casa a partir do Sol.
Rāhu percorre os seguintes signos, permanecendo 2½ ghaṭikā-s em cada um a partir do nascer do Sol: Makara (Capricórnio), Siṁha (Leão), Karkaṭa (Câncer), Meṣa (Áries), Vṛścika (Escorpião), Tulā (Libra), novamente Karkaṭa (Câncer), Kumbha (Aquário), Makara (Capricórnio), Tulā (Libra), Vṛṣabha (Touro) e Meṣa (Áries). Este ciclo é conhecido como Sūrya-Candra-Rāhu Cakra.
USO DO CAKRA - O uso deste cakra é detalhado no Capítulo VIII.
55. O CÍRCULO DA MORTE (Mṛtyu Cakra)
Ślokas 27 a 28 — Assume-se que: O Sol (Sūrya), A Lua (Candra) e Gulika transitam através de vários rāśi-s a partir do seu navāṃśa rāśi, permanecendo 15 vighaṭikā-s (≈ 6 minutos) em cada signo. O Sol e a Lua percorrem os signos na ordem usual (direta), enquanto Gulika move-se em movimento retrógrado. Neste Mṛtyu Cakra (Círculo da Morte), Gulika em conjunção com o Sol (Sūrya) causa morte certa; Gulika em conjunção com a Lua (Candra) causa grande medo.
NOTAS: Esses dois ślokas nos permitem construir o Mṛtyu Cakra ou mapa da morte (chart of death) e posicionar corretamente o Sol, a Lua e Gulika nesse mapa. Isso envolve: A determinação do signo da morte (Mṛtyu rāśi); A longitude do navāṃśa rāśi do planeta em questão. A posição final do planeta no Mṛtyu Cakra é obtida somando-se a longitude do navāṃśa rāśi à longitude do Mṛtyu rāśi.
(a) Converta o número de ghaṭikā-s (do nascimento ou da pergunta) contados a partir do nascer do Sol em vighaṭikā-s (1 ghaṭikā = 60 vighaṭikā-s) e divida esse valor por 15. O quociente representa o número de graus (contados a partir do primeiro ponto de Meṣa — Áries) do signo da morte (Mṛtyu rāśi).
O restante pode ser convertido em minutos, segundos, etc.
(b) Multiplique a longitude do planeta (sem considerar o signo, apenas os graus) por 9 e divida o produto por 30. O quociente, somado a 1, representa o Navāṃśa ocupado pelo planeta. O restante indica a longitude exata do planeta dentro desse navāṃśa rāśi.
(c) Para o Sol e a Lua, some a longitude do Mṛtyu rāśi à longitude do navāṃśa rāśi do planeta. Para Gulika, subtraia a longitude do Mṛtyu rāśi da longitude do navāṃśa rāśi de Gulika. Assim, obtêm-se suas respectivas posições no Mṛtyu Cakra.
INTERPRETAÇÃO FINAL – No Mṛtyu Cakra: Se o Mṛtyu Gulika e o Mṛtyu Sūrya (Sol da morte) estiverem no mesmo rāśi, há forte indicação de morte do consulente. Se o Mṛtyu Gulika estiver em conjunção com o Mṛtyu Candra (Lua da morte), o consulente enfrentará grande medo e perigo. Se o Mṛtyu Gulika estiver sozinho em um rāśi, prevê-se melhoria geral em todos os assuntos.
Determinação do Mṛtyu Rāśi e do Mṛtyu Cakra
(a) Praśna ghaṭikās (desde o nascer do Sol) convertidas em vighaṭikā-s, divididas por 15 → dá o Mṛtyu Rāśi (signo da morte).
(b) Longitude do Sol (ou Lua ou Gulika) dentro do signo que ocupa × 9 ÷ 30 →
O quociente + 1 indica o navāṃśa rāśi ocupado pelo planeta.
O resto indica a longitude do planeta dentro do navāṃśa rāśi.
(c) Para o Sol e a Lua → Mṛtyu Rāśi + longitude do navāṃśa rāśi → posição no Mṛtyu Cakra. Para Gulika → longitude do navāṃśa rāśi − Mṛtyu Rāśi → posição de Gulika no Mṛtyu Cakra.
ILUSTRAÇÃO
· Tempo do Praśna ou nascimento = 33 ghaṭikā-s 53 vināḍikā-s
· Sol = Karkaṭa (Câncer) 24°25′
· Lua = Vṛṣabha (Touro) 25°11′
· Gulika = Mithuna (Gêmeos) 12°44′
(a) Cálculo do Mṛtyu Rāśi - 33 ghaṭikā-s 53 vināḍikā-s → 2033 vighaṭikā-s ÷ 15 = 135°32′. Logo, Mṛtyu Rāśi = Siṁha (Leão) 15°32′
(b) Cálculo dos Navāṃśa Rāśi - ➤ Sol: 24°25′ (em Câncer) × 9 = 219°45′ ÷ 30 = 7 + 9°45′ à Quociente +1 = 8º navāṃśa, contado de Câncer → Kumbha (Aquário). Longitude no navāṃśa: 9°45′
Lua: 25°11′ (em Touro) × 9 = 226°39′ ÷ 30 = 7 + 16°39′ à Quociente +1 = 8º navāṃśa, contado de Touro → Siṁha (Leão) à Longitude no navāṃśa: 16°39′
Gulika: 12°44′ (em Gêmeos) × 9 = 114°36′ ÷ 30 = 3 + 24°36′ à Quociente +1 = 4º navāṃśa, contado de Gêmeos → Makara (Capricórnio) à Longitude no navāṃśa: 24°36′
RESULTADOS PARCIAIS
Elemento
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Resultado
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Mṛtyu Rāśi
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Siṁha (Leão) 15°32′
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Navāṃśa Rāśi do Sol
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Kumbha (Aquário) 9°45′
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Navāṃśa Rāśi da Lua
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Siṁha (Leão) 16°39′
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Navāṃśa Rāśi de Gulika
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Makara (Capricórnio) 24°36′
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(c) Cálculo Final no Mṛtyu Cakra
Sol (Sūrya Mṛtyu Sphuṭa): Mṛtyu Rāśi + Navāṃśa longitude = 4 signos 15°32′ + 10 signos 9°45′ → = 2 signos 25°17′ → Mithuna (Gêmeos) 25°17′
Lua (Candra Mṛtyu Sphuṭa): Siṁha 15°32′ + Siṁha 16°39′ → = Makara (Capricórnio) 2°11′
Gulika (Gulika Mṛtyu Sphuṭa): Navāṃśa longitude − Mṛtyu Rāśi = Makara 24°36′ − Siṁha 15°32′ → = Kanyā (Virgem) 9°4′
RESULTADOS FINAIS
Elemento
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Resultado Final no Mṛtyu Cakra
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Sol
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Mithuna (Gêmeos) 25°17′
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Lua
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Makara (Capricórnio) 2°11′
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Gulika
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Kanyā (Virgem) 9°4′
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NO MṚTYU CAKRA – Se Gulika não estiver em conjunção nem com a Lua (Candra) nem com o Sol (Sūrya) e permanecer sozinho em um rāśi, pode-se esperar melhoria geral nos assuntos.
Śloka 29 — As posições do Sol, da Lua, do Ārūḍha Lagna, etc., devem ser corretamente calculadas por meio de Dṛk-gaṇita (o método observacional, baseado em dados reais).
57. LONGITUDES PLANETÁRIAS
Ślokas 30 e 31 — Os movimentos planetários e suas conjunções, os eclipses solares e lunares, o ocaso (asta) e nascimento (udaya) dos planetas, os movimentos retrógrados, etc., devem ser determinados de acordo com o Dṛk-gaṇita (método observacional), realizando-se os cálculos três vezes para garantir a precisão.
Assim, mesmo os cálculos feitos com base em Siddhānta (os métodos clássicos e teóricos) se tornarão tão precisos quanto os cálculos feitos pelo método Dṛk.
NOTAS: Nestes três śloka-s, é enfatizada a necessidade de precisão no cálculo dos movimentos planetários e dos fenômenos associados.
Hoje em dia, estão disponíveis efemérides precisas, que fornecem as posições corretas dos planetas, e, portanto, não há necessidade de os estudantes de astrologia se preocuparem em aplicar os métodos astronômicos antigos.
O autor parece favorecer o sistema Dṛk-gaṇita em preferência ao sistema Parāhita.
58. POSIÇÃO DO ĀRŪḌHA
Śloka 32 — A longitude do Ascendente (Lagna), desconsiderando o signo, somada ao Rāśi ou signo do Ārūḍha, dá o Ārūḍha Sphuṭa, ou seja, a longitude exata do Ārūḍha.
NOTAS: Suponha que: O Lagna seja Kumbha (Aquário) 12°25′; O Ārūḍha Rāśi seja Kanyā (Virgem). Então, somando os graus do Lagna (desconsiderando o signo), ou seja, 12°25′, ao Ārūḍha Rāśi (Virgem), obtemos: Ārūḍha Sphuṭa = Kanyā (Virgem) 12°25′.
Assim se conclui o Capítulo 5 do Praśna Mārgā.
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